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Mãe revela que filho foi obrigado fazer sexo oral em alunos em escola de Cuiabá

Por Redação
Publicado Hoje, às 11h 32min
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A mãe que denunciou que o filho de 9 anos sofreu estupro coletivo dentro da Escola Municipal Orlando Nigro, em Cuiabá, afirmou que os outros alunos batiam nele e o obrigavam a fazer sexo oral, além de consumarem o ato. Em entrevista ao SBT Cuiabá, nesta sexta-feira (12), a mulher cobrou justiça. Ela também relatou o impacto emocional sofrido pela criança.  “A gente descobriu recentemente que ele foi estuprado na escola. Não é de agora, já tem um tempo, coisa de três, quatro meses. Eu procurei a escola, avisei, informei o que aconteceu, tirei ele da escola e fiz a denúncia, procurei a Justiça, fiz tudo conforme a lei, mas até agora não tive nenhum retorno”, afirmou a mãe.

De acordo com o relato, a criança foi transferida para outra unidade escolar e está em acompanhamento médico e psicológico. A mãe diz que, mesmo após registrar a denúncia, não recebeu contato da escola nem da Secretaria Municipal de Educação. “Ninguém me ligou, ninguém me procurou. Nem a escola se preocupou em marcar uma reunião, em conhecer as crianças, os pais. Até agora não tive nenhuma resposta”, disse.

Segundo a mãe, o filho relatou que era estuprado por outros alunos, que teriam entre 10 e 11 anos. "No ato, os meninos batiam nele, davam a tapa, obrigavam ele a fazer sexo oral, mas ele nunca fez, graças a Deus. Ele tentava de todo jeito sair dessa situação, mas assim, os meninos, infelizmente, colocaram o pênis , penetraram, sim", se indigna.

Ela também relatou o impacto emocional sofrido pela criança. “É muito revoltante, muito doído. A gente tenta não tocar no assunto em casa, mas ele toca o tempo todo. Ele pede por justiça, ele fala que ninguém vai fazer nada, que a polícia não vai pegar, que eles vão continuar fazendo isso com outras crianças”, contou.

A mãe afirmou ainda que o filho citou o nome de quatro meninos envolvidos nas agressões, mas que optou por não dizer os nomes à escola neste momento para não atrapalhar as investigações.“As câmeras da escola têm que ser puxadas. Meu filho sabe os nomes, mas eu ainda não citei na diretoria para não atrapalhar a investigação da polícia”, explicou.

Nesta semana, ela tentou novamente contato com a direção da escola para pedir uma reunião, mas afirma que não obteve resposta efetiva. “A diretora disse apenas que o caso foi encaminhado para a secretaria e que, se eu quisesse mais informação, era para procurar a Secretaria de Educação”, relatou.

REAÇÃO DA PREFEITURA

 O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), informou, nesta quinta-feira (11), que abriu investigação para apurar o suposto estupro coletivo contra um menino de 9 anos praticado na escola municipal Orlando Nigro, na capital. Conforme o gestor, a unidade escolar e a prefeitura estão cooperando com a Polícia Civil durante a apuração.

 "Já abrimos investigações. A denúncia é de que coleguinhas de 12 anos teriam feito isso. Estamos levantando todos os dados sobre o assunto e cooperando com a polícia para celeridade das investigações", disse o chefe do Palácio Alencastro.

 Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que a gestão trata o caso com máxima seriedade e reitera que foram adotadas todas as medidas cabíveis para garantir a proteção integral da criança, além de colaborar ativamente com as investigações conduzidas pela Polícia Civil.

Conforme a prefeitura, a linha temporal do caso demonstra que a mãe do estudante registrou o boletim de ocorrência no dia 17 de novembro e, no dia 18 de novembro, compareceu à escola solicitando a transferência da criança. Nesse momento, ao ser questionada pela equipe gestora sobre os motivos, relatou o suposto caso de violência.

 "Diante da gravidade do relato, a unidade escolar acionou imediatamente o Conselho Tutelar, comunicou a situação à Secretaria Municipal de Educação e encaminhou o caso a Rede Protege, seguindo os protocolos de proteção. Em 24 de novembro, a direção foi oficialmente requisitada pela Polícia Civil a fornecer documentos e as imagens do circuito interno referentes ao dia 28 de outubro. Desde então, tanto a escola quanto a Secretaria têm colaborado integralmente com as autoridades responsáveis pela investigação", diz a nota divulgada nesta quinta-feira.

 A Prefeitura de Cuiabá reforça que todas as informações foram encaminhadas à Polícia Civil, que conduz as apurações sob sigilo legal, e que nenhum dado sensível ou que possa expor crianças será divulgado. A pasta reafirma seu compromisso absoluto com a proteção de todos os estudantes e seu repúdio a qualquer forma de violência dentro ou fora do ambiente escolar. A Secretaria permanece à disposição das autoridades, colaborando para o pleno esclarecimento dos fatos, sempre respeitando a mãe e sua preocupação, mas também observando as informações técnicas e os registros formais que compõem a investigação.

Fonte: folhamax