Uma parceria entre o Ministério das Mulheres e a Universidade Federal do Pará (UFPA), a partir de um Termo de Execução Descentralizada (TED), vai promover a formação de mulheres de quatro comunidades rurais de Abaetetuba e Igarapé-Miri, região tocantina do Pará. Denominado Gaia: Gênero, Agroecologia e Igualdade na Amazônia, o projeto foi lançado em Igarapé-Miri, no dia 24 de fevereiro, e na comunidade quilombola de Itacuruçá, em Abaetetuba, no dia 2 de março, com a presença da secretária nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política do MMulheres, Carmen Foro.

A iniciativa prevê o processo formativo de 100 mulheres em três dimensões: sociopolítica; socioambiental e produtiva; e sociocultural. Elas poderão se tornar multiplicadoras do saber nos locais onde moram, podendo chegar a 400 mulheres capacitadas.

“As formações irão possibilitar o fortalecimento das mulheres, especialmente pela valorização e potencialização das atividades por elas já realizadas, além de abrir outros leques de conhecimentos e, consequentemente, de oportunidades, minimizando as desigualdades históricas que deixam essas mulheres em condições de vulnerabilidade, dependência financeira e, por vezes, de violência e violação de direitos”, destaca Carmen Foro.

O valor do TED é de R$ 176 mil e o prazo de vigência é até maio deste ano. Mais do que soluções na produção familiar, a proposta da iniciativa é fortalecer as mulheres em seu protagonismo amazônida, na promoção da igualdade de gênero, na formação de uma nova cultura relacional na política, no mundo do trabalho, na família, em que mulheres ocupem seu lugar de destaque e reconhecimento de seu contributo na sustentabilidade da Amazônia e do planeta.

Etapas – O projeto contará com seis oficinas integradas de planejamento, acompanhamento e avaliação, além da realização de diagnósticos rápido participativo. Ao final, será realizado um círculo intercultural de saberes e práticas sustentáveis como contrapartida e em parceria com as Prefeituras Municipais de Abaetetuba e de Igarapé-Miri, em que as mulheres irão socializar suas experiências, aprendizagens, produções no percurso formativo, sendo este a culminância do percurso formativo e integração dos municípios.