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Rio Madeira fica abaixo dos quatro metros e Marinha determina novas regras para navegação
Situação exige restrições no tráfego de comboios, balsas e atenção redobrada à noite. O Rio Madeira chegou à cota de 3,27 metros na manhã desta segunda-feira (25) em Porto Velho.

Por Redação
Publicado Há 3 h
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O Rio Madeira chegou à cota de 3,27 metros na manhã desta segunda-feira (25) em Porto Velho (RO), segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB). O nível está abaixo dos 4 metros, e por isso a Capitania Fluvial publicou uma portaria com novas regras de segurança para embarcações e comboios de balsas.

De acordo com o documento, a situação exige restrições no tráfego de comboios, grandes formações de balsas puxadas por empurradores, e cuidados adicionais por parte dos comandantes, confira:

  • Uso obrigatório de embarcações de sondagem → barcos pequenos que medem a profundidade do rio antes dos maiores passarem, deve ser usados para indicar onde é seguro navegar.
  • Desmembrar comboios em pontos perigosos → quando o rio é raso ou estreito, as balsas que estão amarradas juntas podem ser separadas para evitar acidentes.
  • Folga mínima de 0,50 m abaixo da quilha → a parte de baixo do barco (a quilha) precisa ficar pelo menos meio metro acima do fundo do rio, para não encalhar.
  • Navegação noturna com atenção redobrada → à noite, é mais difícil enxergar obstáculos, então os comandantes devem ficar muito atentos.
  • Comandante presente no passadiço → o responsável pelo barco precisa dirigir pessoalmente nos trechos críticos, não apenas supervisionar de longe.
  • Prioridade de passagem → em trechos estreitos ou rasos, os comboios carregados que descem o rio têm preferência para passar primeiro, porque são mais pesados e difíceis de manobrar.

Risco de paralisação do transporte
Segundo a Marinha, a estiagem severa pode levar à interrupção total da navegação no Madeira, caso o nível baixe de 2 metros. Nesse cenário, o transporte de grãos e outros produtos pela hidrovia ficaria suspenso, afetando diretamente o escoamento da produção agrícola e industrial.

A portaria já está em vigor e, de acordo com a Marinha, tem como objetivo “assegurar a navegação de forma segura e confiável em meio ao cenário de estiagem”.

Foto: Thiago Frota/Rede Amazônica

Fonte: G1/RO