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Conheça a “cobra-de-duas-cabeças” que apareceu em Cacoal e chama atenção por andar em duas direções
Animal inofensivo vive quase toda a vida enterrado e costuma ser confundido com cobra venenosa
Uma criatura de aparência incomum chamou a atenção em uma área rural de Cacoal nesta semana. Popularmente conhecida como “cobra-cega” ou “cobra-de-duas-cabeças”, a anfisbena é um réptil pouco conhecido pela maioria das pessoas e que costuma gerar curiosidade — e até medo — quando aparece.
Apesar do nome e da semelhança com uma cobra, o animal não é, de fato, uma serpente. Trata-se de um réptil diferente, mais próximo evolutivamente dos lagartos, embora não possua patas. A espécie é comum em regiões como a Amazônia e o Cerrado, mas raramente é vista, pois passa praticamente toda a vida escondida sob o solo.
A fama de “cobra-de-duas-cabeças” vem do formato do corpo. A cauda é arredondada e muito parecida com a cabeça, funcionando como uma estratégia de defesa contra predadores. Essa característica, somada à capacidade de se locomover tanto para frente quanto para trás com facilidade, cria a ilusão de que o animal teria duas cabeças.
Em média, a anfisbena mede entre 20 e 40 centímetros, podendo alcançar tamanhos maiores em algumas espécies. A pele lisa e resistente é uma adaptação essencial para a vida subterrânea, facilitando o deslocamento em meio à terra.
Apesar da aparência exótica, o animal não é venenoso e não representa risco grave para os seres humanos. Mordidas são raras e geralmente só ocorrem quando há tentativa de manuseio. Caso isso aconteça, a recomendação é lavar o local com água e sabão, fazer a higienização adequada e observar a região, procurando atendimento médico apenas se houver sinais de infecção.
Além de inofensiva, a anfisbena desempenha um papel importante no equilíbrio ambiental, ajudando no controle de insetos e na aeração do solo. Por isso, a orientação é clara: o animal não deve ser morto. Ao encontrá-lo em quintais ou áreas rurais, o ideal é permitir que siga seu caminho ou realizar a realocação com cuidado para uma área de solo natural.
Fonte: G1/RO