Endividamentos causam redução do poder de consumo
Os novos dados sobre o endividamento da população preocupam a escala de consumo.
Os novos dados sobre o endividamento da população preocupam a escala de consumo. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o percentual de endividados em abril atingiu 67,5%, apontando altas se comparando ao mesmo período do ano anterior. O endividamento gera efeitos sucessivas em outros eixos da economia, causando a quebra da escala de valor, gerando fundos de estoques, baixa de vendas e menor volume de capital em circulação.
As taxas de juros elevadíssimas e o período de inconstância que atravessamos, compromete a renda familiar e a socialização de recursos. Dessa forma, as classes de renda mais baixa acabam descapitalizando e tendo os compromissos não honrados. O comércio varejista é o primeiro a sentir os efeitos porque o poder consumo cai e giro monetário fica restrito. As famílias passam a consumir apenas o que é essencial para a sobrevivência enquanto que as contas não pagas continuam rolando.
Outro dado preocupante é que os endividados estão buscando o socorro no cartão de crédito e limites do cheque. Essas operações estão com taxas de juros exorbitantes e provocará maior endividamento. A modalidade de pagamento por cartão de crédito atingiu o recorde histórico de 80,9% do total de famílias. Isso preocupa a economia geral porque a taxa de juros do cartão de crédito rotativo para o chamado cliente regular, que paga o mínimo de 15% da fatura dentro do prazo regular, variou de 301,9% ao ano em dezembro para 311,7% em janeiro, de acordo com o Banco Central (BC). Isso vira uma bola de neve e o dinheiro que deveria circular no comércio, acaba tendo como destino os caixas dos bancos.
A política econômica no momento não oferece linhas de crédito para salvar o indivíduo e o escalonamento das dívidas tende a crescer. Diante da insegura econômica do momento, o ideal é manter o controle dos gastos, evitar compras à prazo, principalmente no cartão e limite especial, e ter prudência no que comprar.
Fonte: DIÁRIO DA AMAZÔNIA