ONU Mulheres destaca instrutora do SENAI-RO da área da refrigeração
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Rondônia (SENAI-RO) há 80 anos transforma a vida de milhões de pessoas, dentre elas, a da Jossineide Oliveira e Silva, que em 1994, aos 14 anos, ingressou na turma de Jovem Aprendiz do curso de Mecânica de Refrigeração – modalidade Aprendizagem Industrial, no SENAI-RO.
27 anos depois, a hoje instrutora da escola SESI-SENAI Lagoa, de Porto Velho, que a princípio queria se matricular no curso de Corte e Costura, mas as vagas estavam esgotadas, pela segunda vez é destacada pela ONU Mulher como uma das maiores incentivadoras da presença feminina no setor de HVAC-R (em português AVAC - R = Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração).
Reconhecida no Brasil e no exterior, Jossineide ganhou notoriedade ao participar de um documentário produzido pelo Ministério do Meio Ambiente, em 2018, focado em mulheres que atuam na área da refrigeração. Ao contar sua trajetória, ela se tornou inspiração para as meninas do HVAC-R, colheu os frutos deste empenho sendo uma das cinco brasileiras destacadas na publicação da ONU Mulheres “Women in the Refrigeration and Air-conditioning Industry – Personal Experiences and Achievements”, além de ser homenageada com o Prêmio “Elas no HVAC-R”.
“Iniciei meus trabalhos no SENAI-RO logo que formei. Com 16 anos, fui contratada com a função de artífice – uma monitora de laboratório – arrumava oficina, separava material para as aulas e auxiliava o professor. Ao completar 18 anos, fui para Belo Horizonte (MG) fazer o Curso Técnico, pois no Estado de Rondônia não tinha. Após a conclusão, retornei para o SENAI-RO assumindo a docência dos cursos do setor de refrigeração e climatização, onde atuo até hoje, agregando também, a diretoria técnica da instituição”, contou.
Segundo Jossineide, optar pelo curso de Mecânica de Refrigeração, foi a melhor escolha que Deus fez para sua vida, mesmo em meio as adversidades que aconteceram e acontecem até hoje na sua caminhada profissional, ela se diz apaixonada pelo que faz e ama fazer parte do setor HVAC-R.
Jossineide, que também é empresária e dona de uma empresa de refrigeração, conta que sua rotina é gratificante. Passa o dia na empresa e a noite é hora de dar aula. “Transformar o setor de HVAC-R, é uma maneira de renovação e por isso dou o melhor de mim ao ministrar as disciplinas”, ponderou.
“Sou apaixonada pela educação profissional. Vejo que é a única forma de levar o nosso setor como referência para o mundo. O Brasil pode ter o investimento financeiro que for, mas se não tiver a educação profissional e o domínio da tecnologia, todo esse investimento será jogado fora, sem contar que, a educação profissional que o SENAI oferta transforma a vida de um indivíduo, de uma família, do setor de HVAC-R e de toda a sociedade; esse é o impacto que vejo quando recebo novos alunos em sala de aula”, afirmou a profissional.
Ela conta que passou por diversos desafios, principalmente, na questão de sua competência profissional por ser mulher. “O maior desafio foi o questionamento da sociedade sobre competências de trabalho desenvolvido por uma mulher. A primeira resposta da minha competência veio em 2018, com o reconhecimento através do Prêmio “Elas no AVAC-R” promovido pelo Sindratar-SP.
A sociedade brasileira percebeu que não é uma mulher ou outra no setor, mas são várias. Outro reconhecimento foi minha história publicada pela ONU Mulheres, em 2019 e novamente em 2021. “Sempre digo que a refrigeração e climatização é para os que querem fazer a diferença e mudar a história, independente do gênero”, finalizou.
O superintendente do SESI-IEL e diretor regional do SENAI-RO, Alex Santiago parabenizou Jossineide pelo profissionalismo e há quase três décadas de dedicação ao SENAI Rondônia. “É motivo de satisfação e orgulho recebermos notícias como esta, porque confirma a excelência da nossa instituição, cujo reconhecimento à sua qualidade da formação de profissionais diferenciados para o mercado de trabalho, ultrapassa os limites de Rondônia, as fronteiras do Brasil e chegando a outros países”.
Fonte: Assessoria de Imprensa