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‘Me sinto mais segura’, diz vítima de violência doméstica sobre Patrulha Maria da Penha em Vilhena
Projeto começou a ser desenvolvido em novembro do ano passado no município.

Por G1/RO
Publicado 18/07/2019
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Foto: Ilustração

A diarista, de 34 anos, tenta recomeçar após anos de ameaças do ex-marido. Agora, ela diz que tem mais forças para seguir em frente, após as visitas da Patrulha Maria da Penha, em Vilhena (RO), a 700 quilômetros de Porto Velho. O projeto tem por objetivo atender mulheres vítimas de violência doméstica e começou a ser desenvolvido no município em novembro do ano passado. Nesse período, os militares já realizaram mais de 350 atendimentos.

A diarista tem cinco filhos; três deles são filhos do ex-companheiro agressor. Ela conta que manteve um relacionamento com ele por seis anos. “Ele me bateu várias vezes e me ameaçava; ameaçava minha família. Com oito meses de gravidez, ele me bateu que deixou meu rosto inchado e meu nariz sangrando. Ele dizia que se deu desse queixa, ele me matava”, lembra a mulher.

A vítima conta que após terminar o relacionamento, o companheiro continuou a ameaçá-la, pois queria retomar a relação. “Mesmo depois de nove anos separados, ele fica me perseguindo. Ele quer voltar, mas eu não quero voltar para aquela vida. Ele já chegou a quebrar a porta e entrar dentro da minha casa. Tenho muito medo dele me matar e eu deixar minhas filhas”, relata.

Com a implantação da Patrulha Maria da Penha no município, a vítima começou a ser atendida por policiais militares. “Me sinto mais segura agora. Eles [policiais] disseram que não iria nos deixar abandonadas e não nos deixaram. Um dia que eles estavam aqui, ele [ex-companheiro] passou por aqui e fugiu com medo”, ressalta.

Os atendimentos da Patrulha Maria da Penha são realizados a partir das medidas protetivas pedidas pela Polícia Civil e determinadas pelo Judiciário. Por mês, o projeto tem recebido, em média, 30 medidas.

A ferramenta é garantida na Lei Maria da Penha e visa proibir que o agressor se aproxime da vítima e de seus familiares, sob pena de prisão. Com isso, os policiais passam a fiscalizar o cumprimento das medidas e começam a acompanhar as vítimas. Em algumas ocasiões, os militares também visitam os agressores, a fim de passar orientações.

Nos atendimentos, as vítimas recebem informações sobre as regras da medida protetiva e orientações para acompanhamento psicológico. Em Vilhena, o projeto é desenvolvido com uma viatura e dois policiais, sendo uma feminina.

“Apesar de recente em Vilhena, a gente percebe que a patrulha tem mostrado bons resultados. As mulheres estão resgatando sua autoestima e estão se sentindo mais confiantes. E um dos maiores objetivos da patrulha é evitar a reincidência dos agressores”, enfatiza a chefe da patrulha, sargento Weilha Bernardes da Silva.

Fonte: G1/RO