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Após denúncias de corrupção, administração do Dnit em RO é repassada para o AM
Portaria diz que Amazonas assumirá responsabilidades total de RO. PF descobriu desvios de R$ 10 milhões por parte de empresa que faz manutenção da BR-364.

Por G1/RO
Publicado 16/07/2019
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Foto: Reprodução

Depois da Polícia Federal (PF) descobrir um desvio de R$ 10 milhões na empresa contratada pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) para fazer a manutenção da BR-364, a administração da superintendência do Dnit em Rondônia foi repassada para o Dnit do Amazonas.

O anúncio da transferência de superintendência foi feita através de uma portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU). Antônio Leite Santos Filho, diretor-geral do Dnit, autorizou a mudança.

De acordo com a portaria, a transferência de superintendência de Rondônia para o Amazonas visa uma atuação dentro da "legalidade e lisura", visto que ocorreram indícios de irregularidades no Dnit rondoniense.

Ainda na portaria, o diretor Antônio Leite afirma que a suspeita de corrupção "vem causando transtornos na gestão administrativa da regional de Rondônia e no desenvolvimento de todas as atividades". A portaria de nº 4.801 já está em vigor.

No dia da operação o Dnit, via Brasília, afastou Cláudio André Neves da superintendência de Rondônia. Ele é um dos investigados na operação e, segundo o Dnit em nota, ficará fastado das funções até a conclusão das investigações. O G1 tenta contato com a defesa de Cláudio.

Investigação
A Controladoria Geral da União (CGU), que participou da operação com a PF, a empresa contratada superfaturava os valores para manter a BR-364, em Rondônia e Acre.


A CGU diz, ainda, que há trechos na BR-364 com "previsão de 2cm de altura de manta asfáltica para os quais foram pagos valores correspondentes a 25cm, ou seja, o equivalente a 12,5 vezes mais do que o executado".

Durante a investigação, foi descoberto que os pagamentos referentes às despesas das obras eram autorizados integramente pelo Dnit. O valor do pagamento ocorria sem ajustes ou correções nas medições, mesmo havendo prévio aviso ao Dnit sobre as irregularidades existentes na conservação da rodovia federal.

Para a CGU, o Dnit Rondônia sabia do esquema de desvio financeiro. Cerca de R$ 10 milhões podem ter sido desviados, em um contrato que custou R$ 186 milhões.

Há suspeita de facilitação de servidores públicos na aprovação das medições apresentadas pela empresa investigada. Nessas medições foram detectados serviços prestados com qualidade inferior à contratada e, até mesmo, pagamento por serviços não executados.

Fonte: G1/RO