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Boi-bumbá Diamante Negro leva para o Arraial Flor do Maracujá a riqueza e os mistérios da Amazônia

Publicado 10/06/2024
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Foto: Roni Carvalho

No dia 28 de junho, às 21h horas, a Associação Folclórica Cultural Boi-Bumbá Diamante Negro (Boi Diamante Negro) vai se apresentar na 40ª edição do Arraial Flor do Maracujá, que acontece entre os dias 21 e 30 de junho, no Parque dos Tanques, em Porto Velho. Conhecido por sua vibrante batucada e deslumbrantes fantasias, o grupo promete encantar a todos com uma apresentação inesquecível.

O Boi Diamante Negro ensaia diariamente no ginásio poliesportivo Eduardo Lima e Silva, o “Dudu”, localizado na Avenida Jatuarana, zona Sul da Capital, às 19h. No espaço, os integrantes dedicam seu tempo e talento para aperfeiçoar cada detalhe das apresentações. Com cores características preto, amarelo, azul e branco, o grupo não apenas treina, mas, também fortalece laços comunitários e preserva tradições culturais.

FLOR DO MARACUJÁ

Organizado pelo governo de Rondônia, o Arraial Flor do Maracujá contará com a participação de 32 grupos folclóricos de quadrilhas juninas e bois-bumbás, incluindo o Boi Diamante Negro. Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o evento fortalece a identidade cultural do estado e impulsiona o turismo, gerando desenvolvimento. “O Arraial Flor do Maracujá é um símbolo de nossa rica herança cultural, promovendo a união e valorização das tradições. A expectativa é grande para mais uma edição deste evento que destaca a cultura e movimenta a economia.”

Conforme o gestor da Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), Júnior Lopes, o Arraial Flor do Maracujá é um evento fundamental para valorização da cultura e tradições locais. “Estamos comprometidos em apoiar e promover essa celebração, que enriquece a comunidade e atrai visitantes para Porto Velho”, destacou.

RAÍZES

Fundado em 1º de janeiro de 1993, a Associação Folclórica Cultural Boi-Bumbá Diamante Negro nasceu na residência do senhor Aluízio Batista Guedes, no bairro Aeroclube. Em um bate-papo informal com familiares e amigos, Aluízio, um pedagogo e folclorista apaixonado, deu vida à iniciativa. Desde então, o grupo cresceu e se tornou um autêntico representante da zona Sul de Porto Velho, abrangendo bairros como Jardim Eldorado, Caladinho, União, Cohab, Castanheira, Gurgel e Nova Floresta.

A escolha do nome “Diamante Negro” reflete a beleza e preciosidade da pedra, além da força do boi. Popularmente conhecido como a “Maravilha Negra”, o grupo mantém uma conexão profunda com sua comunidade e tradição. Suas principais cores são o amarelo e o preto, com azul e branco representados no pavilhão do grupo.

O Boi Diamante Negro é uma das maiores expressões culturais do estado de Rondônia e da Amazônia. No Arraial Flor do Maracujá, o Boi Diamante Negro já ganhou o topo do pódio por 10 vezes, nos anos de 2003, 2004, 2005, 2008, 2009, 2010, 2014, 2015, 2016 e 2018.

Segundo o presidente do Boi Diamante Negro, Hudson Guedes, “foi um grande desafio substituir meu falecido pai na presidência do boi, mas eu sempre tive apoio dos meus familiares e de toda comunidade, é por isso que as expectativas deste ano são as melhores, queremos levar mais uma vez, o título este ano.”

PREPARATIVOS

Durante o festival, o grupo se transforma, envolvendo de 600 a 800 brincantes que dão vida às fantasias, dramatizações e coreografias. A batucada, chamada de “Guerreiros do Bumba”, é um destaque à parte, com sua cadência marcante e ritmos envolventes.

Os integrantes do grupo são diversificados, incluindo 80 ritmistas na batucada, 6 tribos com 20 pessoas cada, 20 vaqueiros e 10 rapazes. Além disso, a apresentação conta com personagens icônicos como sinhazinha, cunhã-poranga, rainha da batucada, rainha do folclore, porta-estandarte, pajé e o amo do boi, com figuras como Mãe Maria, Cazumbá, Pai Francisco e Catirina, além dos doutores da vida, Cachaça e Relâmpago.

O tema deste ano, “Boi-Bumbá Diamante Negro – Festa Cabocla” celebra a riqueza e os mistérios da Amazônia. A região, com sua flora e fauna exuberantes, lendas fascinantes e sons enigmáticos, é uma fonte inesgotável de inspiração. O espetáculo vai explorar a mitologia amazônica, destacando o esplendor da terra de Tupã e a magia que permeia as vidas dos habitantes da floresta.

Foto: Roni Carvalho