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Núcleo da USP em Rondônia atende ribeirinhos e alerta para qualidade da água

Publicado 05/01/2024
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Foto: USP / Arquivo

O núcleo ICB5 da Universidade de São Paulo (USP), baseada em Monte Negro, realizou mais uma expedição para atendimentos médicos em comunidades na região do Rio Madeira.

A expedição, que aconteceu entre os dias 18 e 22 de dezembro de 2023, atendeu a seis comunidades: Carará, Carapanatuba, Lago de Carapanatuba, Espírito Santo (Tabuleta), Criolo e Lago do Antônio.

Na oportunidade, houve capacitação dos Agentes de Saúde Ribeirinho (ACSR) nas áreas de anatomia geral, semiologia geral, anatomia e semiologia do tórax e anatomia e semiologia do abdome.

As comunidades também participaram de um levantamento de indicadores de saúde, de cobertura dos serviços de saúde por meio do Programa Previna Brasil, além da realização dos testes de qualidade da água para consumo.

Segundo o professor doutor Luís Marcelo Aranha Camargo, coordenador do ICB5-USP, a equipe foi dividida em duas, sendo uma responsável pelos atendimentos e procedimentos como inserção de DIU, coleta de preventivo, atendimento médico, atendimento psicológico, realização de espirometria e eletrocardiograma, aplicação das escalas de Snellen e Jäegger para exame de acuidade visual e entrega de óculos, testes rápidos para Sífilis, Hepatites B, C e HIV.

Os outros profissionais foram responsáveis pelo trabalho de campo, onde aplicaram o Previna Brasil nas comunidades com verificação das carteiras de vacina e vacinação se necessário, coleta de água que a população utilizada para consumo para aplicação do Colilert, e após o trabalho de campo, auxiliar nos atendimentos na UBS Espírito Santo.

A expedição teve bastante sucesso, pois houve a capacitação de 30 ACSRs e visitas à 64 residências, aplicando o Previna Brasil em 25 residências faltantes.

“Houve a coleta de 36 amostras d’água para consumo, sendo 100% das amostras positivas para coliformes fecais humanos nos testes Colilert + Indol. Fizemos ainda a aplicação de 22 doses de vacinas, sendo 11 de Influenza, duas de Covid, uma dose de DT para Hepatite B, Penta Valente, Pneumo 13, VIP, Hepatite A, VOP, DTP e HPV”.

O professor doutor Luís Marcelo Aranha Camargo ainda alerta para a qualidade da água para consumo nas comunidades ribeirinhas. “Por curiosidade, fiz a coleta de uma amostra bem no meio do rio, onde não há dragas de garimpo. E deu positivo para coliformes não humanos. Ou seja, de animais e imprópria para consumo. A situação dessa população é caótica e estamos vendo algumas alternativas para dar uma melhor condição de vida a todos”.