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CPI das Pirâmides Financeiras ouve fundadores de empresa de assessoria de investimentos
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários, 11 empresas teriam realizado fraudes utilizando moeda digital
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras reúne-se nesta quarta-feira (16) para ouvir os fundadores da MSK Operações e Investimentos, Gladson Tadeu Rosa e Carlos Eduardo de Lucas.
A MSK é uma assessora de investimentos focada em ativos de alto risco, como criptomoedas. "Essa assessoria de investimentos oferecia um retorno fixo de cerca de 5% ao mês, mas deixou de devolver o dinheiro", afirma o deputado Luciano Vieira (PL-RJ).
Em 2022, a empresa foi indiciada pela Polícia Civil de São Paulo pela prática de vários crimes, como pirâmide financeira e publicidade falsa.
"Não se sabe exatamente o tamanho da fraude", afirma o deputado. "No indiciamento enviado para o Ministério Público no começo do ano, constam dois valores muito diferentes para estimar quanto dinheiro tinham os proprietários da empresa, indo de US$ 1 milhão a US$ 1 bilhão."
O deputado Júnior Mano (PL-CE) afirma que as evidências apontam para a participação direta de Carlos Eduardo de Lucas e Glaidson Tadeu Rosa na execução e coordenação das atividades ilícitas da empresa.
A audiência será realizada no plenário 13, a partir das 14h30.
A comissão
A comissão foi instalada em junho e tem 120 dias para concluir os trabalhos. Prazo que pode ser prorrogado por mais 60 dias, desde que haja requerimento assinado por 1/3 dos deputados.
A CPI investiga esquemas de pirâmides financeiras com o uso de criptomoedas. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao todo, 11 empresas teriam realizado fraudes utilizando moeda digital, como a divulgação de informações falsas e promessa de rentabilidade alta ou garantida para atrair as vítimas e sustentar o esquema de pirâmide.
Fonte: Câmara dos Deputados