Os rondonienses estão sentindo na pele a falência do sistema de segurança pública no estado. Essa deficiência só favorece a ação das facções criminosas que tomaram de assalto os conjuntos residenciais populares da sua capital. É não apenas triste, mas principalmente trágica essa realidade que vivemos em Porto Velho.
Enquanto a segurança pública não for tratada como política de Estado, ao invés de servir apenas de promessa eleitoreira de quatro em quatro anos e que logo é esquecida quando sai o resultado das eleições, a população tende a viver essa tragédia anunciada.

Se houvesse um mínimo de responsabilidade dos gestores, teríamos os órgãos de segurança mais aparelhados para combater o crime organizado que nos últimos dias tem causado pânico na população com a onda de assassinatos desenfreados que tem ocorrido na capital do Estado.

É um verdadeiro poder paralelo que temos nas ruas impondo toque de recolher, coagindo os moradores a se enclausurar em suas próprias casas para não serem vítimas da bandidagem.

Já está mais do que comprovado que usar medidas paliativas com ações pontuais apenas, não resolve o problema. Insegurança não se combate com discurso, mas com ações concretas e planejadas com o uso da inteligência para evitar as ações antes que elas aconteçam. Garantir segurança a quem paga regiamente seus impostos é o mínimo que se espera do poder público.