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Professora do SESI-SENAI de Rondônia é destaque na 6a Jornada Pedagógica Nacional de Educação Profissional e Tecnológica
Com o objetivo de promover insights que incentivem mudanças de comportamento das pessoas ao longo da vida e o desenvolvimento de novas competências técnicas na docência, a 6ª edição da Jornada Pedagógica Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, que aconteceu nos dias 3 e 4 de fevereiro, reuniu, virtualmente, profissionais ligados à Educação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de todo o Brasil.
Docentes, equipes de coordenações pedagógicas, gestores, equipe técnica dos Departamentos Regionais e profissionais do SENAI Rondônia também participaram da jornada. Abordando o tema evasão escolar, a instrutora da unidade SESI-SENAI de Vilhena, Rosalva Alves participou e foi um dos destaques do encontro.
Rosalva afirmou que os recursos tecnológicos aproximam as pessoas, mas ao mesmo tempo distanciando um pouco. Daí a importância de não perder a sensibilidade e percepção do outro. O olhar, o tom de voz, dentre outros fatores.
Diante da pandemia nestes dois últimos anos, os professores e alunos enfrentaram desafios da implantação das aulas remotas. A professora contou fatos relacionados ao curso EAD de Assistente Administrativo e com o total de 140 alunos, que chegaram ao SENAI com grandes expectativas. “Jovens em busca de oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Diante de tudo isso, encontramos o desafio da evasão escolar, e vimos a necessidade de um olhar mais cuidadoso nesta questão”.
A instrutora aperfeiçoou o que já fazia nas aulas presenciais e pôs em prática estratégias de mentoria. “Imaginem 140 alunos e conseguir estabelecer uma linha de comunicação ao permitir ser acessada por estes estudantes. Estabeleci alguns limites e também uma relação de confiança e respeito”.
Conforme Rosalva, primeiro pediu que ao falar com ela no WhatsApp, que se identificasse, de qual curso e o nome. Desta forma, no próximo contato, ela saberia com quem estaria conversando. Logo perceberam que havia ali algo diferente. Outro ponto citado pela instrutora, o da evasão escolar, ela solicitou caso fosse necessário faltar à aula, que a avisassem, se possível relatando o motivo.
“O interessante”, pontuou Rosalva, é que “ao final das aulas enviava mensagens para os alunos faltosos, da seguinte forma – Olá, bom dia. Fulano de tal, como você está? Este é um ponto importante. Logo respondiam e explicavam o motivo. Então, eu percebi que atrás de cada um dos nossos jovens existe uma história. São histórias de limitações, de perdas, de falta de recursos financeiros, enfim, uma série de fatores”, disse.
No ponto de vista da instrutora, neste momento é a oportunidade de dizer para o aluno que ele pode mudar a sua história. “Uso muito a tecnologia nas minhas aulas, mas não podemos perder a sensibilidade de percepção do outro, de empatia, solidariedade, confiança e principalmente, a de elevar a autoestima dos nossos jovens, pois enfrentam muitos obstáculos e estão em busca de melhorias para eles e suas famílias. A consequência de tudo isso, é o baixo nível de evasão. Dos 140 que iniciaram o curso, sete por cento não finalizaram”, destacou.
Ela encerrou lembrando que é fundamental desenvolver nos alunos os bons comportamentos, a gentileza, o respeito e a preocupação e os cuidados uns com os outros. “Estes foram meus fatos e feitos que realizamos de forma prazerosa, porque acreditamos nos resultados positivos. São estratégias simples, mas que têm agregado valor aos nossos alunos e futuros profissionais”.
De acordo com o coordenador de Educação Básica e Profissional SESI-SENAI-IEL-RO, Jair Coelho, a instrutora, nesta apresentação, mostrou quem é o docente do SENAI. Uma pessoa que não tem apenas o conhecimento técnico sobre o curso que está lecionando, mas que tem todo o cuidado com os alunos, praticando algo que é fundamental, a empatia.
Fonte: Fiero