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2º Censo de Cervejarias Independentes revela avanços no mercado brasileiro
Maioria dos produtores de cervejas artesanais acredita em faturamento melhor em 2021, diz pesquisa
A pandemia e todos os impactos da crise sanitária causados nos pequenos negócios cervejeiros provocaram mudanças significativas nas fábricas de cervejas independentes do país. No entanto, para a maioria dos fabricantes de cervejas artesanais, a expectativa é que o faturamento de seus negócios seja melhor em 2021, comparado ao ano passado. 62% dos fabricantes acreditam que este ano será melhor, 28% acham que os resultados devem se manter iguais, 4% acham que será pior e 6% abriram seus negócios recentemente. Os dados são do 2º Censo de Cervejarias Independentes Brasileiras, realizado pelo Sebrae, em parceria com a Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva).
Seguindo a expectativa otimista para 2021, a maioria dos donos de micro e pequenos negócios cervejeiros está com as contas do negócio adimplentes: 46% dos produtores de cervejas independentes estão com empréstimos e demais contas em dia, 37% não possuem contas e empréstimos em aberto e somente 17% estão com alguma pendência. Para 36% dos produtores de cerveja independentes brasileiros, os desafios da crise causada pela pandemia provocaram mudanças valiosas para seu negócio, 28% estão animados com novas oportunidades e 7% acreditam que o pior já passou. Outros 28% revelam que ainda enfrentam dificuldades para manter o negócio.
Quando se trata de estratégia de vendas, o Censo de Cervejarias Independentes mostra que esse segmento, além da expansão, também está completamente adaptado com a digitalização dos negócios. Instagram (98%), Whatsapp (85%) e Facebook (70%) são as redes sociais mais usadas para divulgação. Recomendação boca a boca (80%), páginas próprias na internet (52%) e ativação de marcas em eventos (35%) também mostram ótimo desempenho entre os donos de micro e pequenos negócios do segmento. A participação em concursos de cervejas artesanais também é confirmada por 57% dos participantes do Censo, assim com o vínculo com alguma associação cervejeira, apontado por 59% dos respondentes.
Outro dado interessante do estudo é em relação ao potencial de expansão das cervejas artesanais produzidas no país. A maioria desses produtos (51%) possui alcance somente local, na cidade em que é produzida e nos municípios vizinhos, 20% têm alcance estadual, 20% chegam em toda região na qual é produzida e somente 9% têm alcance nacional. O analista de Competitividade do Sebrae Vicente Scalia observa que a pesquisa traz informações que irão subsidiar a criação de programas e ações da instituição para auxiliar o crescimento dos micro e pequenos negócios cervejeiros.
“No momento temos mais de 1,3 mil fábricas de cervejas independentes no Brasil, o objetivo é chegar a pelo menos 7 mil cervejarias artesanais até 2025. Esse segmento produtivo, mesmo com a pandemia, vem apresentando números animadores. O Sebrae tem um olhar atencioso e proativo com os principais desafios do setor, tais como a compra de insumos a preços mais competitivos, a qualificação da mão de obra e os cuidados com a segurança dos processos de produção”, afirma.
Scalia é um dos integrantes do time de palestrantes do Beer Summit 2021, o maior evento cervejeiro online do país que está com inscrições abertas aqui. Vicente Scalia vai comentar os resultados do Censo Cervejeiro e sua colega, a analista de competitividade Juliana Borges, vai falar sobre eficiência energética nas fábricas de cerveja. “Promover o diálogo sobre o uso de energia na produção impacta diretamente resultados como faturamento e custos fixos, que são tão importantes para qualquer negócio”, destaca Juliana.
Fonte: Sebrae