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Deputados dizem que a Saúde de Rondônia 'colapsou' e pedem mudanças na pasta
As queixas vão desde a falta de vagas para o atendimento nas unidades de saúde, passando pelo baixo número de efetivo profissional para atender a demanda.

Publicado 06/10/2021
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Reclamações na área da saúde tomaram a maioria do tempo de fala dos deputados na sessão dessa terça-feira (05), da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO). As queixas vão desde a falta de vagas para o atendimento nas unidades de saúde, passando pelo baixo número de efetivo profissional para atender a demanda, a escassez de medicamentos e até o uso de emendas parlamentares obrigatórias enviadas para os municípios.

Deputados da base de oposição e situação não pouparam nas críticas. O deputado Laerte Gomes (PSDB) relatou sobre a questão das emendas parlamentares destinada à área que estão paradas na autarquia, os valores deveriam servir para os municípios mais por falta de técnicos.

"São 130 processos abertos e 230 processos para abrir. São apenas três técnicos e é humanamente impossível analisar esses processos. Até hoje chegou para a Secretaria de Saúde R$ 229 milhões para atender a esses processos. Temos uma diferença de R$ 18 milhões de reais que o recurso ainda tá na Casa Civil e na SEPOG! (...) Isso é grave e precisamos tomar uma ação imediata!", esclareceu e disparou: "Eu tenho um carinho muito grande pelo Fernando Máximo, mas parece que a Secretaria de Saúde precisa pegar um choque muito grande de gestão. A paciência acabou! É preciso ter atitude, tomar iniciativa, precisa ter misericórdia e espírito humano!".

Outros deputados relataram dificuldades sobre atendimento efetivo de saúde no interior como em Cacoal. "Se esse recursos estivesse sendo disponibilizado para as prefeituras a realidade seria outra, a saúde não entraria em colapso! (...) A saúde colapsou! A gente tem recursos para alocar, e não tem técnicos para prosseguir!", disse Alan Queiroz.

Lazinho da Fetagro (PT) culpou a Secretaria de Saúde por agir com inoperância no caso da compra de medicamentos. "Continua o problema da falta de medicamentos de alto custo. As pessoas estão morrendo! São pessoas com câncer, várias estão sem remédios, e não possuem dinheiro para comprar medicamentos! São pessoas que sentem dores todos os dias e não é justo, dinheiro tem", ressaltou.

Por fim, Gomes tomou a palavra e alertou que a questão das verbas parlamentares pode ter uma consequência jurídica e séria. "Peço que façam um mutirão de técnicos para fazer a análise desses processos e convênios", concluiu.