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Investimentos do Estado em infraestrutura e tecnologia, aliados às ações do produtor fortaleceram a pecuária em RO, avalia presidente da Idaron
As políticas públicas de governo, aliadas às iniciativas do setor privado, são fundamentais para que áreas livres de febre aftosa com vacinação evoluam para o status sanitário de livre da doença sem a vacinação, com consequente reconhecimento nacional e internacional. Essa parceria, entre Estado e produtor rural, foi destaque na palestra proferida nesta quinta-feira (30/09), pelo presidenta da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia, Júlio Cesar Rocha Peres, no 4° Fórum Estadual de Vigilância Contra a Febre Aftosa, em Cuiabá-MT.
Segundo ele, uma pecuária forte se faz com um órgão defesa sanitária igualmente forte e com o inestimável envolvimento do pecuarista e entidades afins nas estratégias adotadas pelo Governo. Tendo como foco o tema “responsabilidades compartilhadas”, Júlio Cesar destacou ainda que o reconhecimento internacional como área livre de aftosa sem vacinação não encerra o processo de prevenção da doença, mas apenas inicia um novo ciclo, que atribui ainda mais responsabilidades ao produtor rural e exige investimentos estratégicos do governo, sobretudo em tecnologia e infraestrutura.
Relacionado a esse tópico, o presidente da Idaron falou dos investimentos que o governo Marcos Rocha tem feito para ampliar os serviços voltados à proteção da pecuária e da agricultura, com ingestão de recursos milionários tanto em tecnologia quanto em informação. O objetivo é um só: facilitar o acesso do produtor aos serviços oferecidos pela Agência Idaron.
No que se refere a tecnologia e comunicação, Júlio Cesar deu ênfase ao poder de alcance de uma das ferramentas mais utilizadas pelo brasileiro o WhatsApp. “Na mais isolada das regiões, onde nem mesmo a energia elétrica convencional chegou, pode-se encontrar sinal de internet e, com ela, o WhatsApp. Isso não pode ser ignorado. Esse fator tem nos favorecido em Rondônia, nos permitindo ampliar principalmente as atividades voltadas à educação sanitária”, acentuou.
GTA’s ONLINE
Com a internet cada vez mais acessível ao homem do campo, a Idaron passou a disponibilizar todos os seus serviços de forma remota e virtual. “Onde estiver, o pecuarista pode emitir uma Guia de Trânsito Animal (GTA) ou fazer a declaração obrigatória dos rebanhos, além de outros serviços. A mesma facilidade se aplica ao agricultor que pode consultar viveiros pelo site da Idaron e resolver suas demandas sem sair de casa”.
Os altos investimentos em facilidade e comodidade, para o produtor, tem surtido efeito positivo. De janeiro de 2019 a dezembro de 2020, por exemplo, foram emitidas 62,2 mil GTA’s, destas 22,15 mil foram online. Das GTA’s emitidas para abate, 11,5 mil, 5,44 mil foram de forma virtual, pela internet. E a evolução do uso da tecnologia vem sido crescente. Em janeiro de 2019, apenas 2% das GTAs emitidas eram online. Em dezembro de 2020, o número de emissões online aumentou para 35,61%.
O investimento em tecnologia tem tido repercussões positivas também nas declarações obrigatórias de rebanho: na primeira campanha de 2020 foram 24,5% declarações por meio de plataformas virtuais. Na segunda etapa do mesmo ano esse índice aumentou para 29%. Neste ano, na primeira etapa da declaração, em maio, a adesão pela declaração online foi de 35,8%.
REBANHO BOVINO
Os investimentos feitos pelo Estado, por meio da Idaron, unidos ao profissionalismo da pecuária, com a mecanização do setor e forte adesão às políticas de prevenção da aftosa e outras doenças, têm feito com que Rondônia desponte no cenário nacional em várias frentes. Recente estudo divulgado pelo IBGE, por exemplo, traz o rebanho bovino da capital, Porto Velho, como o quarto maior do país, com 1,2 milhão de cabeças de gado. Com números atualizados, o rebanho da capital já está bem maior, com 1,35 milhão de cabeças.
Dos 100 municípios brasileiros com os maiores rebanhos, de acordo com o IBGE, 16 estão em Rondônia. E não é por acaso, hoje o estado possui 15,116 milhões de cabeças de bovídeos, sendo o maior rebanho brasileiro dentro das áreas reconhecidas internacionalmente como zonas livres de febre aftosa sem vacinação.
Fonte: Idaron