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Servidor da Idaron orienta estudantes de Medicina Veterinária sobre responsabilidades compartilhadas na prevenção à febre aftosa
O reconhecimento internacional alcançado por Rondônia, frente a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), como área livre de febre aftosa sem vacinação, não encerrou as preocupações do Governo nem do setor privado no que diz respeito a doença, pelo contrário, uniu ainda mais os dois setores no compartilhamento das responsabilidades para prevenção da febre aftosa no Estado.
O tema, considerado um dos mais importantes para a manutenção desse novo status sanitário, sustentado por poucas unidades da Federação, foi apresentado durante palestra, a cerca de 40 estudantes do curso de Medicina Veterinária da faculdade Fimca, na semana passada. As orientações sobre o tema, destacando a importância do comprometimento dos setores público e privado na prevenção à aftosa, foram dadas pelo médico veterinário Márcio Alex Petró, coordenador do Programa Estadual de Vigilância para Febre Aftosa (PNEFA).
Na oportunidade, representado a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), o profissional apresentou as responsabilidades do Estado, tais como o cadastramento de propriedades rurais, o controle do trânsito de animais e de seus produtos e subprodutos (intra e interestadual), o atendimento a suspeitas da doença, bem como a promoção de ações de educação sanitária, organização e estímulo à participação da comunidade na formação de uma rede integrada de vigilância.
Também está entre as responsabilidades governamentais o desenvolvimento do sistema de informação e vigilância sanitária animal no âmbito estadual, a fiscalização de eventos pecuários (feiras, exposições, leilões e outras aglomerações) a inspeção de animais e de seus produtos e subprodutos e a capacitação de recursos humanos.
Dentre as responsabilidades do setor privado, destaque para a declaração de informações cadastrais atualizadas, o cumprimento dos regulamentos estabelecidos, com destaque para as normas de movimentação de animais, a comunicação ao serviço veterinário de suspeitas de ocorrência de qualquer doença vesicular e a mobilização em favor da manutenção de fundos privados e de participação política para a sustentação do Programa. “Em meio ao que foi apresentado, o ponto mais importante é que toda suspeita de doença vesicular deve ser notificada imediatamente à Idaron. E essa notificação e obrigatória”, destaca Alex Petró.
Na conversa com os estudantes, ele informou sobre o papel do médico veterinário, mesmo quando atuam no setor privado, quanto a responsabilidade técnica de informar sinais da doença ao serviço veterinário oficial. “Qualquer pessoa que verifique a existência de sinais clínicos, tais como, babeira, manqueira, feridas na boca, patas e úbere de bovinos, búfalos, caprinos, ovinos, suínos, além de outras espécies de casco fendido, deve comunicar imediatamente e solicitar uma visita do serviço de defesa sanitária animal. A partir daí, um veterinário oficial fará a inspeção dos animais e, caso seja considerado caso provável de doença vesicular, tomará as providências necessárias”, explicou.
ÉTICA E RESPONSABILIDADE TÉCNICA
A orientação aos futuros médicos veterinários foi reforçada pelo diretor executivo da Idaron, Licério Corerêa Magalhães que, representado o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), palestrou sobre ética e responsabilidade técnica dos profissionais veterinários.
Sobre a importância da palestra aos universitários, Licério Magalhães ressaltou que logo os estudantes estarão no mercado de trabalho, atuando profissionalmente e que serão parceiros do Estado e da iniciativa privada nesse esforço conjunto de prevenção à febre aftosa. “São profissionais que logo estarão em atividade, como formadores de opinião e que terão o produtor como cliente ou que também produzirão, por isso devem estar conscientes das responsabilidades da inciativa privada e do governo, para a proteção de nosso rebanho que, hoje, em valor patrimonial, está avaliado em mais de 8 bilhões de dólares”, acentuou.
Também foi dado conhecimento aos futuros profissionais sobre as doenças que são de notificação obrigatórias e os canais oficiais mantidos pelo Governo onde podem ser feitas essas notificações, como, por exemplo, o e-SISBRAVET (http://www.idaron.ro.gov.br/index.php/notificacao-de-doencas/).
Fonte: Idaron