Alto Alegre,

AO VIVO

Rondônia lidera produção de gado na Amazônia, sem vacinação e de modo sustentável
Melhoramento genético do rebanho e aproveitamento de áreas de capoeiras são fatores que mais contribuíram para desenvolver pecuária rondoniense

Publicado 27/07/2021
A A

Com mais de 13,5 milhões de cabeças de gado no pasto, o Estado de Rondônia é a grande potência produtiva de carne e derivados na Amazônia, e desponta em primeiro lugar no ranking nacional de produtores em área livre de febre aftosa sem vacinação. Este desempenho é um reconhecimento ao esforço do Governo de Rondônia no seu projeto de desenvolvimento sustentável para o setor, por meio da Agência de Defesa Agrossilvopastoril de Rondônia (Idaron).

Consciente da grandeza do setor produtivo primário e entusiasta dos projetos do Governo para incentivar a produção de carne, leite e derivados, o governador Marcos Rocha enaltece o trabalho de sua equipe na promoção de medidas de apoio, incentivo e orientação técnica que têm contribuído para a expansão equilibrada da fronteira agropecuária, de modo especial a bovinocultura que, como atividade econômica, está segurando o campo com geração de emprego e renda, e de riqueza econômica, eis que é item fundamental na pauta de exportações do Estado de Rondônia.

EVOLUÇÃO E DESENVOLVIMENTO

De acordo com o médico veterinário Fabiano Alexandre dos Santos, gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Animal da Agência Idaron, muitos fatores contribuíram para este reconhecimento de Rondônia como líder de produção de gado na Amazônia com a segurança sanitária legal e necessária, sem vacinação, que abriram as portas do Estado para o mundo.

Nesta perspectiva, Rondônia exporta praticamente toda de sua produção, 76 milhões de toneladas de carne por trimestre, que tem um efeito de US$ 329 milhões (dólares) no mesmo período na balança comercial do Estado, constituindo no cômputo anual um total de US$ 1,3 bilhão com a exportação de 304 milhões de toneladas de carne, segundo dados do Núcleo de Agrodados da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).

O dirigente da Idaron lembra que desde 2003, quando o Estado de Rondônia foi declarado livre da febre aftosa, com vacinação, foi constatado um impulso considerável na produção de bovinos, e que neste processo, alguns fatores foram decisivos. Segundo ele, com o aumento da procura da carne de Rondônia a agropecuária tradicional passou por uma grande transformação, que exigiu o emprego de tecnologia reprodutiva para geração de animais de alta performance – precocidade, acabamento e carcaça – e de tecnologia de manejo de pastagem e nutrição, entre outros que foram decisivos na conquista de novos mercados pelo mundo.

Para Fabiano Santos, outro fator que foi um divisor no desempenho da produção bovina rondoniense foi a ação do Governo de Rondônia. Neste projeto de apoio e incentivo aos produtores rurais – na agricultura e pecuária, o Poder Executivo se esmerou nas orientações para uma produção sustentável, sem agressão à natureza e com o aproveitamento dos recursos disponíveis. Dessa forma, foram evitadas abertura de novas áreas para a agricultura e pecuária, com o consequente aproveitamento das áreas degradadas, encapoeiradas, que foram destocadas, limpas, tratadas e recompostas para plantação de lavouras e pastagens, resultando na ampliação da área produtiva e nos níveis de produtividade da agropecuária.

Segundo ele, aliado a todos esses fatores, um outro aspecto foi decisivo e marcou a vocação produtiva rondoniense para a pecuária, já em 2003, especialmente, com a declaração do Estado de Rondônia como zona livre de aftosa com vacinação, e daí para frente o rigor da fiscalização e controle da doença até chegar à condição de zona livre da aftosa sem vacinação.

Fabiano Santos destaca também as iniciativas de industrialização – a instalação de grande plantas frigoríficas e de laticínios neste período em todas as regiões do Estado, que impulsionaram positiva e concretamente os níveis da produção e as exportações rondonienses.

Vale observar que neste universo produtivo do setor pecuário, a produção leiteira também foi impulsionada, e já chega em 2021 com uma perspectiva de produção de nada menos de 700 milhões de litros de leite, marcada por uma produção trimestral de 176 milhões de litros, que são consumidos internamente, exportados ou transformados pelas indústrias em queijos, doces, iogurtes, etc, e que também resultam em divisas para o Estado.

Para Fabiano Santos, mais importante é o exemplo que Rondônia passa para o mundo, de que é possível, com boa vontade e política pública dirigida – mérito do Governo de Rondônia, produzir alimentos com qualidade e quantidade de modo sustentável, sem prejuízos ou danos ao meio ambiente. “O Estado se destaca porque o Governo do Estado se esforça e adota medidas concretas para seu desenvolvimento sustentável”, finaliza.