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Saneamento reduz a desigualdade social, diz presidente do BNDES
Gustavo Montezano foi entrevistado no programa Sem Censura

Publicado 20/07/2021
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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Gustavo Montezano, disse nesta segunda-feira (19) que o saneamento reduz a desigualdade social ao comentar sobre o Marco Legal do Saneamento. Montezano foi entrevistado no programa Sem Censura, da TV Brasil, e falou também, entre outros assuntos, sobre o trabalho do banco de desenvolvimento, o apoio a pequenos e microempresários, as parcerias público-privadas em programas do BNDES e os efeitos do dólar alto.

“Daqui uns 10, 15 anos, quando a gente olhar para trás, possivelmente [o Marco Legal do Saneamento] será o evento que foi, na nossa história recente, o maior evento de redução de desigualdade social do Brasil”, disse. “A gente tem que se questionar porque a gente está há 30 anos insistindo em um modelo que não funcionou. Então esse marco ele faz o que? Ele tira o dogmatismo.”

Montezano explicou que não importa se a empresa é pública ou privada, se estiver prestando um bom serviço, ela deve continuar, se não estiver, é necessário trocar e dar lugar para outro. Ele avaliou que a agenda do banco desde a implementação do marco, há quase um ano, está andando muito bem. 

“A gente teve a privatização da Casal [Companhia de Saneamento de Alagoas], no Alagoas, foi um baita sucesso no ano passado, tivemos Mato Grosso do Sul, tivemos Cariacica [ES], e este ano tivemos o marco da Cedae [Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro]. [Na Cedae], o investimento total, entre outorga e investimento, foi de R$ 50 bilhões e mostrou para o Brasil e para o mundo que tem uma baita oportunidade social, ambiental e econômica desse setor no Brasil”, disse. “A gente efetivamente enxerga que a gente está entrando em um ciclo de longo prazo muito produtivo e benéfico para a infraestrutura brasileira.” 

O presidente do BNDES falou também sobre a capitalização da Eletrobras. Segundo ele, o cronograma da empresa é concluir o processo até fevereiro de 2022. “Porque fevereiro? Porque é quando a gente usa os resultados da empresa do terceiro trimestre deste ano. Caso seja com o resultado do final do ano, pula para março, porque é o tempo da empresa publicar o seu balanço.”

Montezano disse que está confiante que vai cumprir esse cronograma. “Naturalmente depende do judiciário, depende do TCU [Tribunal de Contas da União], uma série de órgãos que participam desta governança. Resumindo o que é a capitalização, são quatro pilares: primeiro pilar é a gente colocar de pé o projeto de Angra 3, Eletronuclear; o segundo pilar é tirar a Eletronuclear e Itaipú da Eletrobras, porque são empresas estatais; o terceiro pilar é seguir todo o rito burocrático e processual de uma privatização e o quarto pilar é fazer a operação no mercado, na Bolsa de Valores, que pessoas físicas e investidores poderão participar. Esses quatro pilares estão andando bem”.