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Hildon Chaves pede remessas extras de vacina ao ministro da Saúde
Ministro anuncia avanços no plano de vacinação e admite refazer estudos sobre doses enviadas para Rondônia
O prefeito Hildon Chaves pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que visitou Porto Velho na quinta-feira (03), o envio de lotes extras de vacina contra a Covid-19 para Rondônia e explicou que as remessas estão aquém do que seria normal. Queiroga admitiu fazer um reestudo do quantitativo destinado ao estado.
O ministro Marcelo Queiroga veio a Porto Velho para conhecer a realidade da área da saúde do estado e as ações de enfrentamento da pandemia. Ele foi recepcionado pelo prefeito Hildon Chaves e pelo vice-prefeito Maurício Carvalho.
A visita de Marcelo Queiroga, segundo Hildon Chaves, tem um simbolismo que pode ser traduzido em esperança, porque o governo federal estará ainda mais presente na região.
“Neste momento, o ministro acenou com a possibilidade de mandar lotes suplementares de vacina para Rondônia”, disse o prefeito.
O ministro foi informado de que Porto Velho tem capacidade técnica para vacinar 4 mil pessoas/dia e que os números podem ser ampliados. “Estamos com a aptidão da equipe de vacinação ociosa. O que está nos faltando é vacina”, explicou o prefeito.
CARACTERÍSTICAS
Porto Velho tem especificidades diferentes de outros municípios do Estado e uma delas é a dimensão territorial, que é superior ao estado de Sergipe, ou Alagoas, por exemplo. E o enfrentamento da pandemia impõe uma logística complexa.
Na próxima semana, a equipe de saúde do município seguirá para os distritos da região do Baixo Madeira, usando o Barco Hospital, para vacinar a população ribeirinha. “Temos localidades a quase 400 quilômetros da sede do município. É uma dificuldade adicional. É diferente de locais onde toda a sua população praticamente está na área urbana”, lembrou o prefeito.
ESFORÇO
Marcelo Queiroga disse que há uma preocupação do Ministério da Saúde em reforçar a vacinação contra a Covid-19 em todo o país.
“Distribuímos mais de 100 milhões de doses de vacina desde o início do Programa Nacional de Imunização (PNI), que começou em janeiro. Esta semana também é marcada pelo acordo de transferência de tecnologia entre a farmacêutica AstraZeneca e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é uma instituição pública federal, provendo autonomia ao Brasil para produzir vacina com o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional para o fornecimento de insumos”, destacou o ministro.
Na explanação que fez, Queiroga disse que foram contratadas mais 600 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 e previu que até dezembro deste ano a população acima dos 18 anos imunizada. “O desafio é antecipar doses para que a campanha tenha velocidade maior e atenda a nossa capacidade com o PNI”.
A comitiva ministerial, acompanhada também da secretária municipal de Saúde, Eliana Pasini e adjunta Marilene Penati, visitou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul e a Unidade de Saúde da Família Manoel Amorim de Matos. Posteriormente, as instalações do Hospital do Amor de Rondônia e Hospital João Paulo II, duas unidades que atuam no atendimento à Covid-19 na capital.
“Ao perceber a nossa realidade de perto, o ministro da saúde Marcelo Queiroga poderá sentir as nossas demandas e, sobretudo, as nossas urgências. Espero que os pleitos apresentados resultem na ampliação dos investimentos à saúde”, disse o vice-prefeito de Porto Velho, Maurício Carvalho.
REGISTROS
Participaram da comitiva do ministro o secretário de Atenção Básica do MS Rafael Câmara, o secretário de saúde do Estado de Rondônia, Fernando Máximo, as deputadas federais Mariana Carvalho e Sílvia Cristina, o Senador Marcos Rogério, o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia Alex Redano, e o empresário Aparício de Carvalho, reitor da Fimca.