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No Dia das Mães, bombeira militar gestante relata desafios de atuar na linha de frente de combate à covid-19
A bombeira militar cumpre serviços administrativos, mas não deixa de estar atuando na linha de frente de combate à pandemia

Publicado 09/05/2021
Atualizado 09/05/2021
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Vivenciar a pandemia da covid-19 atuando na linha de frente do combate e ainda estar grávida tem sido um dos maiores desafios da 2° Sgt Bm Tatiana Natal. Aos 35 anos, a bombeira militar com 14 anos de carreira, está a espera da terceira filha, já com 39 semanas de gravidez. Ravenna Beatriz está chegando e logo vai se juntar aos irmãos Kaylane de 17 anos e Benjamin de 3 anos.

“Ser mãe é ser portal de luz e divindade, sou apaixonada por essa parte da minha vida e pelos meus filhos que são bênçãos para mim”, define. A servidora pública, que também já passou pela Polícia Militar, hoje cumpre serviços administrativos na Coordenadoria de Atividades Técnicas (CAT) do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), mas não deixa de atuar na linha de frente tendo em vista que a corporação comanda as operações de combate à pandemia.

“Foram meus filhos que me ensinaram a ser forte e me tornar quem sou. Claro que eu busquei me tornar “a mãe” nesse momento. São muitos os desafios, incluindo a maternidade solo, como costumo dizer. Mas estou preparada. Prefiro me ocupar e confiar em Deus”, garante.

Os sentimentos de medo e incerteza são inevitáveis nessa fase da vida da mulher, classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como grupo de risco. Mas Tatiana acredita que vem conseguindo passar com tranquilidade. “Hoje faço faculdade de Psicologia e estou no 8° período. Isso tem me ajudado. Amo pessoas, conversar e entender o que elas sentem e se possível auxiliar, isso faz parte da profissão que escolhi e amo.

O trabalho me mantém ativa. Gosto de trabalhar e das pessoas com quem trabalho. Estar com a minha equipe de serviço, me deixa com a mente tranquila apesar de saber que estamos expostos a todo momento, por isso tomo todos os cuidados necessários. Acredito que o cuidado vai muito além de álcool, máscara e distanciamento social. Podemos nos blindar de forma tranquila também, tentar deixar esse momento mais leve”, enfatiza a bombeira militar.

O essencial nesse momento é a consciência da população. “Gostaria muito que as orientações fossem cumpridas, que as pessoas tomassem consciência da gravidade do vírus. Acredito que essa conscientização é algo que deveria ser conjunto. Se manter em constante cuidado é se responsabilizar por vidas, não apenas da nossa, mas da nossa família e da sociedade como um todo.

Para essas servidoras, que em especial estão grávidas, a maior homenagem seria o cumprimento das regras de distanciamento social por parte da maioria da população. O respeito nesse caso é o maior presente, para que em breve tudo possa voltar ao normal e ser de fato melhor do que era antes.