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No dia mundial do livro, Funcer incentiva a leitura com projetos desenvolvidos pela Biblioteca Pontes Pinto nas redes sociais
Funcer incentiva a leitura por meio de projetos, desenvolvidos pelas redes sociais e pela única biblioteca pública do Estado
Dos tabletes de argila criados pelo povo sumério, por volta do ano 3.200 a.C. na Mesopotâmia (atual Iraque), às telas dos mais sofisticados aparelhos eletrônicos, por meio dos modernos e-books (formato digital publicado na internet) o percurso do livro pela história é longo. Na antiguidade, o conteúdo era composto por leis, assuntos administrativos e religiosos, lendas e até poesia. Hoje, os assuntos são os mais diversos possíveis. É inegável que o livro é um produto cultural importante na difusão de conhecimento, além de fonte inesgotável de entretenimento.
O Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, criado em 23 de abril de 1995, tem como objetivos principais o reconhecimento e a exaltação da importância do livro e do escritor para o desenvolvimento intelectual da humanidade. A responsável pela inserção dessa data no calendário mundial foi a Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), durante o XXVIII Congresso Geral, realizado em Paris. O escritor, sendo um agente fundamental para a existência do livro, não poderia ser esquecido nesta data. Assim é que a celebração do livro está associada ao reconhecimento dos direitos autorais.
INCENTIVO À LEITURA
O Governo de Rondônia, por meio da Fundação Cultural do Estado de Rondônia (Funcer), reconhece a data e incentiva a leitura por meio de projetos, agora desenvolvidos, utilizando as redes sociais devido ao momento de pandemia, pela única biblioteca pública do Estado. De acordo com a diretora da Biblioteca Pública Estadual Dr José Pontes Pinto, Júlia Cristina Almiron Meinhardt Queiroz, a melhor maneira de incentivar o hábito de ler é “primeiramente quebrar a vinculação da leitura como obrigação muitas vezes criada na idade escolar. A forma mais leve de conseguir é transformando em passa tempo ou como muitos chamam um hobby, uma brincadeira. Outra maneira também é frequentar bibliotecas públicas”, ressalta.
A Biblioteca Pública Estadual Doutor José Pontes Pinto, em Porto Velho é um dessas excelentes opções. “A biblioteca chegou a abrir no dia 3 de novembro do ano passado, enquanto a pandemia estava mais controlada. Porém durante este período, todos os colaboradores cumpriram com o protocolo de distanciamento, com limite de entrada e utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (Epis-máscaras, luvas e protetor facial). Também cobramos que os visitantes respeitassem as normas de acesso a biblioteca, obedecendo ao uso de máscara, o distanciamento e a utilização de álcool em gel”. Mas agora, com as medidas mais restritas, também disponibilizamos parte do acervo por meio da Biblioteca online de e-books.
PROJETOS EM ANDAMENTO
A Funcer também desenvolve vários projetos no âmbito da leitura. São eles:
- Hora do conto: “contação” de histórias com o objetivo de incentivar a leitura das crianças desde pequenos.
- Indicação de leitura: dicas de leitura para estimular a utilização das obras disponíveis na Biblioteca.
- Carnaval literário: postagens na página da Funcer sobre as principais bandas carnavalescas de Porto Velho, com o intuito de valorizar a Cultura e acrescentar conhecimento histórico à população.
- Projeto você sabia: postagens semanais de curiosidades sobre Porto Velho, Autores, Obras e Cultura.
- Projeto biografia de autor: projeto que têm por objetivo apresentar uma breve trajetória de autores clássicos da literatura brasileira, visando destacar seus feitos e suas principais obras.
HISTÓRIA DA BIBLIOTECA
Por enquanto, o melhor a fazer é buscar alternativas e conhecer um pouco mais sobre a história. Pouca gente sabe, mas a biblioteca foi criada pelo Decreto nº 748, de 30/04/1975, pelo então governador, coronel João Carlos Marques Henriques, com registro no então Instituto Nacional do Livro (INL) sob o número 18.063 de 21 de maio de 1976 e junto à Biblioteca Nacional sob o número. 01265. O local continua fazendo parte da Cultura rondoniense, atingido todos os públicos com perfis mesclados entre estudantes, funcionários públicos e leitores em geral. A biblioteca funciona na Avenida Farquar com Pinheiro Machado, ao lado do Instituto Estadual de Educação Carmela Dutra. O telefone para contato é (69) 98491-4318.
No mês de março, já mostramos aqui a estudante Hilda Carolina de 15 anos, aluna do 1° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Campos Sales, no município de São Francisco do Guaporé que sempre apreciou o hábito da leitura. Com o incentivo da mãe, leu vários livros. Como todos os demais estudantes que vivem agora uma nova realidade com aulas remotas, tendo que adotar novas rotinas, formas de estudo e também de lazer, a estudante aproveitou para incluir o gosto pela leitura no dia a dia. Desde o início da pandemia ela já havia lido mais de 60 livros.
Para quem deseja seguir o exemplo de Hilda Carolina, várias obras estão à disposição dos leitores. Para ter acesso a algumas delas clique aqui.
CURIOSIDADES SOBRE O DIA DO LIVRO
Os mais antigos textos impressos que se conhecem são orações budistas. Foram feitos no Japão entre os anos 764 e 770; o primeiro livro propriamente dito que se tem notícia apareceu na China em 868.
Já o Stonyhurst Gospel é um livro pequeno de 94 páginas de 1.300 anos que apresenta uma cópia em latim do Evangelho de João. Ele também é conhecido pelo nome de Evangelho de São Cuthbert e hoje é o livro conservado mais antigo de que se tem notícia.
No Brasil, o primeiro livro foi editado em de 1808, com a fundação da Imprensa Régia por D. João VI. A obra “Marília de Dirceu”, que traz poesias de Tomás Antônio Gonzaga foi a primeira a ser impressa com a autorização do imperador, quem decidia quais livros seriam publicados.
Fonte: Secom - Governo de Rondônia