Alto Alegre,

AO VIVO

Fapero está formando 95 mestres, dez doutores e 12 pós-doutores; profissionais serão estimulados a atuar em Rondônia
Acadêmicos em atividade no CBio da Unir pesquisam futuros medicamentos contra Chagas, leishmaniose e malária

Publicado 09/04/2021
Atualizado 09/04/2021
A A

O Governo de Rondônia, por meio da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e a Pesquisa (Fapero), faz o possível para prestigiar e apoiar financeiramente projetos exitosos locais. Em seu mais recente acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Fapero obteve bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado em áreas prioritárias do conhecimento. Serão formados 95 mestres, dez doutores e 12 pós-doutores e todos serão estimulados a permanecer aqui.

Estima-se em R$ 4,8 milhões os recursos do governo federal e a contrapartida de R$ 1,44 milhão do Estado de Rondônia, totalizando R$ 6 milhões diretamente destinados à qualificação de recursos humanos em áreas estratégicas.

A Capes  é uma fundação vinculada ao Ministério da Educação que atua na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu em todos os estados brasileiros. A cooperação tem três anos de execução e auxilia 14 programas de pós-graduação dos 19 vinculados à Fundação Universidade Federal de Rondônia. Anualmente, agora, a Fapero faz chamadas para apresentação de candidatos ao apoio do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (SUS).

O PPSUS é uma iniciativa de descentralização de fomento à pesquisa em saúde nas Unidades Federativas (UF) que promove o desenvolvimento científico e tecnológico, visando atender as peculiaridades e especificidades de cada Unidade Federativa e contribuir para a redução das desigualdades regionais.

A Fundação Oswaldo Cruz-RO, o Centro de Estudos de Biomoléculas Aplicadas à Saúde da Unir (CBio) e outros órgãos e instituições se reúnem a cada ano para apresentar propostas à Fapero. Os resultados começam a aparecer. A Fapero apoia a proposta da Unir e da Fiocruz-RO no sentido de criar em Rondônia de um modelo experimental molecular que contempla diversas plantas e árvores – andiroba, copaíba sangue de dragão e sucupira – bem como  toxinas de serpentes, entre elas, a jararaca. “São propostas que escrevemos juntos e conseguimos aprovar”, frisa o diretor cientifico.

Segundo Andreimar, a Fapero faz ver aos órgãos federais de fomento ao setor que também será grande aliada da indústria farmacêutica, quando Porto Velho tiver condições de conquistar um polo farmacêutico. Em diferentes áreas, 120 bolsistas terão a oportunidade de fazer programas de pós-graduação, mestrado e doutorado.

Dentro da excelência das linhas de pesquisa atualmente financiadas se destacam, por exemplo, uma, sob a responsabilidade do  Laboratório de Bioinformática e Química Medicinal do CBio.

Para futuros novos fármacos contra doenças negligenciadas, o físico e doutor em biologia Fernando Zanchi, na Fiocruz desde 2014, dirige uma equipe que utiliza usa tecnologia de ponta [bioinformática aplicada, clonagem e expressão moleculares, espectrofotometria, cromatografias comum e de alta performance, química medicinal, teste de interações moleculares in silico e in vitro usando ressonância plasmônica de superfície [SPR em inglês].

A ciência na Amazônia Ocidental Brasileira começa a rever seus projetos com o apoio da Capes e dos governos estaduais. No caso de Rondônia, conforme de detectou no início das atividades da Fapero, a situação era difícil, porque as fundações de pesquisas do Amazonas e de São Paulo absorviam a maior parte dos recursos financeiros, porque nesses centros estão sediados diversos institutos cujas pesquisas há décadas são financiadas.