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Rondônia transfere os primeiros pacientes com Covid-19 para hospitais do Sul do País
Ministério da Saúde disponibilizou duas aeronaves, com 15 vagas cada uma, para transporte dos pacientes moderados de Rondônia para Curitiba e Porto Alegre
O Estado de Rondônia começa a transferir os primeiros pacientes para Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS), onde continuarão o tratamento contra a Covid-19. O embarque está sendo realizado em aeronaves da Força Aérea Brasileira, disponibilizada pelo Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (25), em apoio ao pedido feito pelo próprio governador do Estado, coronel Marcos Rocha, que anunciou a medida durante o final de semana, com intuito de salvar vidas e garantir assistência a quem precisa, minimizando os impactos do alto índice de ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em Rondônia.
O secretário adjunto do Estado da Saúde (Sesau), Nélio Santos, acompanha todo o procedimento até o embarque dos pacientes. Segundo relatado por ele, todo o processo começou com a ação do Governo de Rondônia em contato com o Ministério da Saúde. Os pacientes transferidos estão em observações clínicas, com a necessidade de transferência para que o quadro não venha a agravar.
O Ministério da Saúde disponibilizou duas aeronaves, com 15 vagas cada uma, para o transporte dos pacientes moderados de Rondônia para hospitais de Curitiba. O embarque dos pacientes ocorre no hangar da Ala 6, antiga Base Aérea de Porto Velho. O primeiro avião da FAB pousou por volta das 13h30. Ainda para esta segunda-feira (25) está prevista a chegada de mais uma aeronave para levar outros pacientes com Covid-19.
O Estado montou uma força-tarefa com médicos, assistentes sociais e psicólogos para orientar os pacientes sobre a importância de serem encaminhados para outros estados. “São aeronaves preparadas e que já estavam atuando no transporte de pacientes do Amazonas, ou seja, totalmente adequadas para esse tipo de transporte”, disse Nélio Santos.
O diretor-geral do Hospital Infantil Cosme e Damião, enfermeiro Sérgio Pereira, vai acompanhar na aeronave os primeiros pacientes que estão sendo transferidos. Segundo ele, além da aeronave segura, Rondônia garantiu uma logística adequada para que os pacientes sejam acolhidos e possam fazer a viagem de forma tranquila. “São pacientes estáveis, mas todos os procedimentos para qualquer eventualidade serão prontamente atendidos por uma equipe médica que compõe o voo. Ventiladores mecânicos e outros equipamentos estão à disposição. Também integram a equipe quatro médicos, dois enfermeiros e quatro técnicos de enfermagem. É uma alegria ver o Estado preocupado com o cidadão”, frisou o enfermeiro.
MINISTÉRIO DA SAÚDE ATENDE PEDIDO
A transferência de pacientes com Covid-19 para hospitais do Governo Federal em outros estados foi confirmada pelo governador durante transmissão ao vivo pela rede social na noite de sábado (23). A transferência foi tratada pessoalmente com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, atendendo ao pedido feito pelo próprio chefe do Executivo.
Marcos Rocha, deixou claro que o apoio pedido ao Governo Federal é reflexo da grande taxa de ocupação nos leitos de UTIs nos hospitais do Estado. Ao mesmo tempo, o governador esclarece que o Estado passou também a dar assistência para pacientes do Amazonas, inclusive Manaus.
“Não poderíamos deixar de prestar socorro às pessoas que estavam sofrendo em Manaus. Nossos leitos estão ocupados por pacientes rondonienses e outros vindos do Amazonas e por isso estão todos lotados. Jamais vamos negar apoio a nossa população brasileira, somos irmãos. Estamos pensando na população de Rondônia, mas nós não podemos negar apoio a qualquer pessoa que chegue, seja lá de onde for, e peça ajuda na porta do nosso hospital. Então, assim nós atendemos pessoas do Amazonas”, enfatizou o governador.
Marcos Rocha também esclareceu que devido ao grande número de pacientes nas UTIs, precisou entrar em contato com o ministro Pazuello, ainda na sexta-feira (22). O ministro se prontificou em atender ao pedido do Governo de Rondônia, para que sejam feitas transferências dos pacientes que estão em fila de espera e outros quantos forem necessários para outros hospitais federais do país.
Fonte: Secom - Governo de Rondônia