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Como casos de gripe aviária no exterior podem impactar o agro brasileiro?
Analista explica que o Brasil pode atender o mercado chinês, que já interrompeu compra de aves da França.

Publicado 10/01/2021
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Além da peste suína africana, casos de gripe aviária têm preocupado o mercado de proteína animal. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a Lituânia relatou um surto do vírus altamente patogênico de gripe aviária que matou 22 aves de quintal.

No Senegal, país do continente africano, foi relatado um surto em uma granja avícola que matou 58 mil aves. A medida que esses surtos avançam, grandes importadores como a China estão interrompendo a compra de aves, como é o caso da França, que teve o mercado suspenso pelo país asiático.

Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, esse surtos podem modificar o mercado de proteínas. “A gente tem que lembrar que esses surtos têm moldado o setor nos últimos anos. Vimos uma lacuna de ofertas muito grande na China pela peste suína africana. Com esses focos de influenza, o Brasil pode ganhar uma oportunidade de mercado e conseguir exportar ainda mais frango com destino ao mercado chinês”, disse.

Apesar da apreensão, Iglesias explica que é pouco provável que a gripe aviária se espalhe pelos países da Europa. “Felizmente, a regra de sanidade dentro da Europa é bem rigorosa. Podemos citar o caso da peste suína africana que está sendo bem controlada dentro da Alemanha, mas que ocorre apenas em animais selvagens. O problema da influenza é que sua cepa é altamente contagiosa, mas a tendência é que todos os protocolos sejam adotados da maneira mais eficiente”, contou.

Fonte: Canal Rural