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Campanha quer dar visibilidade às mulheres rurais
Quinta edição da campanha Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos foi lançada no Palácio do Planalto
Uma campanha para dar visibilidade às mulheres do campo. Mulheres de todas as regiões, cores e etnias, que vivem e trabalham em um contexto de dificuldades sociais e econômicas na América Latina e no Caribe, foi lançada no Palácio do Planalto nessa quarta-feira (29). É a Campanha Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos, que está na quinta edição.
A cerimônia de lançamento contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro, da primeira-dama Michelle Bolsonaro e das ministras da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina; e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Também participou do evento, o representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Rafael Zavala. A campanha é promovida pela FAO, em parceria com o governo brasileiro, entidades governamentais e privadas e organizações da sociedade civil.
Para a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, a campanha chega em boa hora e, neste ano, quer destacar as mulheres como guardiãs promotoras do desenvolvimento, seguindo o princípio da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
“Esta campanha dá visibilidade a todas aquelas mulheres que são invisíveis, mas que estão lá, todos os dias, trabalhando. Valorizar a sua contribuição para o desenvolvimento sustentável é fundamental”, defendeu a ministra.
Segundo a FAO, na América Latina e no Caribe, 58 milhões de mulheres vivem no campo e contribuem com a produção e o abastecimento dos alimentos. Desse total, 20 milhões sofrem de grave insegurança alimentar. Grande parte dessas 58 milhões de mulheres - agricultoras, extrativistas, pescadoras e aquicultoras – também enfrentam desafios, entre eles, a falta de autonomia para participar das tomadas de decisões que fazem parte de suas vidas e comunidades. Muitas trabalham informalmente e dispõem de pouca rede de apoio. Insegurança que aumenta, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, neste contexto de pandemia da Covid-19.
No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do total de 5,07 milhões de estabelecimentos rurais existentes, quase 1 milhão conta com mulheres à frente, o equivalente a 19% do total. A maioria está na região Nordeste (57%), seguidas pelas Sudeste (14%), Norte (12%), Sul (11%) e Centro Oeste (6%).
A ministra da Agricultura destacou que no campo os desafios enfrentados pelas mulheres são evidentes, com menor acesso à terra, a crédito, à tecnologia, à mecanização e recursos produtivos e também menos acesso ao corporativismo. “O que isso representa é um potencial econômico perdido”, disse a ministra.
E acrescentou que quando mulheres rurais tem acesso a crédito, elas são capazes de ir longe e “promover o crescimento e a produtividade da agricultura, que é o grande motor econômico do nosso País”.
Tereza Cristina também lembrou que, mesmo com o cenário de pandemia de Covid-19, essas mulheres do campo não interromperam suas atividades econômicas. “São elas, também, que atendem à demanda por alimentos nas grandes e pequenas cidades, assim como a continuidade da atividade produtiva em plenas condições de saúde e segurança. E queremos ver mais mulheres administrando fazendas, dirigindo tratores, chefiando cooperativas, pescando, plantando e colhendo, enfim, mais mulheres se beneficiando da pujança do agro brasileiro”.
Campanha Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos
No Brasil, a campanha é organizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com o gabinete da primeira-dama e com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Entre as ações que integram a campanha estão a difusão de experiências e conhecimentos sobre o poder transformador das mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes, e a realização de concurso, seminários e oficinas para levar conhecimento de direitos e políticas públicas.
Fonte: Gov.br