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Ida de Arthur para a Juventus é tema de reuniões da seleção brasileira
Questão física e posicionamento do meio-campista, que participou de 20 dos 22 jogos do Brasil pós-Copa, serão focos de atenção em nova equipe

Publicado 01/07/2020
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A transferência de Arthur para a Juventus tem sido tema das reuniões da comissão técnica da seleção brasileira. Cada um de sua casa, eles se conectam duas vezes por semana (às terças e sextas-feiras), em encontros que chegam a durar quatro horas. Não é por acaso a atenção dedicada ao meio-campista.

Desde o fim da Copa do Mundo de 2018, Arthur, Marquinhos e Philippe Coutinho são os jogadores que mais atuaram pela Seleção. Participaram de 20 dos 22 jogos disputados.

Esse número tem mais a ver com a ideia de Tite de dar sequência de jogos para construir um time melhor do que propriamente com um início arrebatador do brasileiro. Assim como no Barcelona, Arthur oscilou na Seleção. Seu melhor momento, inclusive do ponto de vista físico, foi a Copa América do ano passado. Na final, ele deu uma assistência para Gabriel Jesus.

A questão física é um dos pontos debatidos nas reuniões. O futebol italiano deverá exigir de Arthur uma condição melhor. Taticamente, a dúvida passa pelo seu posicionamento na Juventus. É provável que o técnico Maurizio Sarri queira utilizá-lo como primeiro homem de meio-campo, um “camisa 5”, como fez com Jorginho, brasileiro naturalizado italiano, no Napoli e no Chelsea.

Sarri gosta de ter, nesta posição, alguém com boa capacidade de construção, bom passe, ainda que não seja um exímio marcador, função que ele atribui a outros meio-campistas.

Isso pode criar um dilema para Tite. Em sua breve trajetória no futebol, Arthur teve suas melhores performances sempre com um volante ao seu lado, no 4-2-3-1 – Maicon no Grêmio e Casemiro na Seleção. Só que Tite e seus auxiliares terminaram 2019 convictos de que o tripé de meio-campo (4-3-3 ou 4-1-4-1) ainda é o sistema que consegue extrair um jogo mais eficiente e vistoso de sua equipe. O mesmo sistema no qual Arthur não se encaixou no Barça.

Se ele realmente assumir a função de “5” na Juventus, num tripé semelhante ao da Seleção, poderá ter de concorrer com Casemiro e Fabinho, de temporadas brilhantes no Real Madrid e no Liverpool, e cujas características para a posição se encaixam muito melhor dentro do desenho de Tite.

A transferência de um dos protagonistas da Seleção pós-Copa merece mesmo atenção especial.

Fonte: Globo Esporte