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Produtividade dos portos do Paraná cresce 20% até abril
Segundo administração, os índices demonstram aos usuários que os custos para operação pelos terminais paranaenses são vantajosos
Os portos do Paraná movimentaram mais produtos em menos tempo, nos primeiros quatro meses do ano. O volume carregado por hora cresceu 20% e a produtividade média passou de 546 para 655 toneladas por hora. O tempo que os navios levam para encostar no cais, operar e desatracar caiu 4% – de 2,15 dias para 2 dias, em média.
Com a agilidade, os portos de Paranaguá e Antonina conseguem receber mais embarcações e mantêm o ritmo acelerado no embarque e desembarque de produtos. “Em 2020, tivemos aumento de 15% na movimentação de cargas. Mesmo com a pandemia do coronavírus, conseguimos atender esta demanda crescente sem filas, com muita eficiência”, destaca o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Ele explica que os índices operacionais são importantes para o mercado e demonstram aos usuários de todo o mundo que os custos para operação pelos terminais paranaenses são vantajosos. Nos berços do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, por exemplo, a média diária de carregamento de grãos passou de 60 mil para 85 mil toneladas/dia.
Entre os fatores que explicam o crescimento estão os investimentos em infraestrutura. “A manutenção das profundidades nos acessos e berços, com as obras de dragagem, diminui o tempo de espera de maré para a movimentação dos navios, principalmente para as exportações dos graneis e para a movimentação dos contêineres”, explica o diretor de Operações da empresa pública, Luiz Teixeira.
Outro ponto favorável foi o tempo seco, que permite o embarque dos granéis sólidos e o desembarque de fertilizante. O trabalho conjunto com operadores e usuários, com respostas rápidas aos desafios sanitários e de saúde, também são diferenciais paranaenses.
Para o presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Paraná, Argyris Ikonomou, o estado é hoje modelo em eficiência e qualidade. “Mesmo com a Covid-19, o Porto de Paranaguá segue batendo recordes de movimentação”, reforça.
“Na hora de um cliente escolher um porto em detrimento de outro para movimentar a carga ele considera alguns fatores. Se o tempo de espera antes da atracação é breve, o que reduz a despesa com pagamento de sobrestadia (demurrage); se existem equipamentos modernos, que reduzem o tempo de operação; a segurança, o controle de qualidade dos produtos embarcados e a credibilidade nas quantidades carregadas ou descarregadas”, lista.
Operadores
Os usuários que movimentam granéis sólidos, produtos que representam mais de 65,5% da movimentação total do ano, comemoram o desempenho. “O Porto de Paranaguá é reconhecido como um dos portos mais bem organizados, eficientes e com excelente produtividade”, destaca Rivadávia Simão, presidente da Associação dos Operadores Portuários de Granéis Sólidos de Importação do Porto de Paranaguá (Agrasip).
Ele explica que essa produtividade é demonstrada no balanço financeiro do setor. “Segundo os nossos registros, o pagamento de demurrage no ano de 2013 era de USD 14,75 por tonelada movimentada. No ano de 2019, esse valor caiu para USD 3,56/tonelada movimentada. Hoje, o tempo de espera para atracação e efetiva operação dos navios está na média de seis dias”, afirma
Os berços que movimentam granéis sólidos, tanto de exportação, quanto importação, estão entre os que mais aumentaram a produtividade. Em média, chegam a carregar quase 300 toneladas por hora. “Esse crescimento se deve à disponibilidade de equipamentos modernos, à atuação da equipe operacional da autoridade portuária e ao apoio operacional da Agrasip”, completa Simão.
Exportação
Segundo o representante da Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá, André Maragliano, a relação com os diferentes agentes da atividade portuária tem sido essencial. “A sinergia que a empresa pública criou com os terminais, com as entidades de classe, fez com que o Porto de Paranaguá se tornasse cada vez mais competitivo, cada vez mais a melhor opção para os clientes, principalmente os produtores rurais”, afirma.
Segundo ele, o diferencial do modelo paranaense está na transparência das regras, informações e decisões. “O foco tem sido a produtividade. Isso gera resultado, redução de custos, uma percepção muito positiva para quem utiliza o porto e, é claro, gera sempre mais eficiência”, garante Maragliano.
Fonte: Canal Rural