Impulsionados pelo câmbio, os preços da soja dispararam no mercado brasileiro nesta sexta-feira, 24, segundo a consultoria Safras. A moeda norte-americana rompeu a casa de R$ 5,70 e houve registro de negócios com soja a R$ 112 para setembro no porto de Rio Grande (RS), maior patamar da história.

“A movimentação ganhou ritmo e a Safras calcula que cerca de 1,5 milhão de toneladas trocaram de mãos”, informa a consultoria.

Cotações

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 100 para R$ 103. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 99,50 para R$ 102. No porto de Rio Grande, o preço pulou de R$ 105 para R$ 106,50.

Em Cascavel (PR), o preço passou de R$ 97 para R$ 100 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca aumentou de R$ 104,50 para R$ 107.

Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 94 para R$ 95,50. Em Dourados (MS), a cotação avançou de R$ 87 para R$ 88. Em Rio Verde (GO), a saca passou de R$ 90,50 para R$ 92.

Mercado futuro

A soja fechou esta sexta-feira, 24, com preços mais baixos na Bolsa de Chicago. Segundo a consultoria Safras, apesar do anúncio de novas vendas de soja americana, as preocupações com a demanda se acirraram, ainda mais com o aumento da competitividade da commodity brasileira.

“Em meio à crise política no Brasil, após a demissão do ministro Sergio Moro, o dólar disparou, atingindo as máximas históricas. Com o real enfraquecido, o sentimento no mercado é de que a demanda chinesa permanecerá voltada ao Brasil”, informa.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 7 centavos ou 0,83% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,32 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 8,39 por bushel, com perda de 7,25 centavos ou 0,85%.