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Estado pretende por em operação laboratório de qualidade do leite em 2020

Publicado 09/01/2020
Atualizado 09/01/2020
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Fotos: Irene Mendes e Robson Paiva

Para atender a cadeia do leite em Rondônia, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) reuniu para uma tomada de decisão, a Emater-RO, a Embrapa e a Fundação de Amparo a Pesquisa (Fapero), a fim de montar estratégias de agilização operacional para o Laboratório de Qualidade do Leite( LQL). O interesse maior do Estado é criar condições para os produtores e indústrias de laticínios cumprirem as normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura (Mapa), que exigem análise do leite com contagem de células somáticas, contagem total de bactérias e teor de gordura, entre outros, para dar garantia de qualidade aos produtos derivados do leite cru.

Os produtores de leite e indústrias de laticínios de Rondônia aguardam o funcionamento pleno do LQL, para realizarem suas analises aqui mesmo no Estado porque atualmente estão enviando suas amostras de leite para analise em laboratórios de Goiás e Paraná, arcando com todos os custos que a logística de envio das amostras exige. A amostra precisa sair a propriedade rural e chegar ao laboratório com temperatura entre quatro e sete graus centígrados.

O laboratório de Rondônia foi construído pelo governo do Estado com recursos do fundo Proleite, e atualmente é administrado pela Embrapa.  Esse projeto enfrenta algumas dificuldades, principalmente por falta de pessoal, limitação que poderá ser solucionada nos próximos 30 dias, prevê o secretário de agricultura Evandro Padovani.

A equipe técnica do laboratório será composta por profissionais do quadro do estado de Rondônia

Todas as instalações físicas do LQL de Rondônia estão prontas para realização das analises de amostras de leite, em equipamentos totalmente automatizados que dão total garantia e segurança dos resultados da analise do leite, e também totalmente legalizado com certificado de acreditação do Mapa e sistema ISO.

A cadeia do leite é uma das principais atividades econômicas do estado de Rondônia, e uma das que mais gera ocupação e emprega mão obra no campo, e coloca o estado em posição de destaque como maior produtor de lácteos na região norte, mas deverá acelerar seu desenvolvimento com o funcionamento da infra-instrutora de suporte a produção.

O serviço prestado pelo LQL será custeado pelos solicitantes, principalmente indústria de laticínios, que precisa ter pelo menos duas amostras analisadas por mês de cada fornecedor de leite, em cumprimento da norma regulamentadora 77 do Mapa.

O laboratório de Rondônia que está instalado em Porto Velho poderá atender demandas de indústrias e produtores do próprio estado, e dos vizinhos Acre, Amazonas e Mato Grosso, com importante redução de tempo e custos com transporte e outros aspectos logísticos.

A importância da análise do leite vai além do resultado da contagem de células somáticas, da contagem de bactérias, e de teor de gordura. Se bem interpretada por um técnico, tem a importância semelhante a um hemograma, poderá ajudar os produtores e indústria na tomada de decisões, em áreas muito importantes que vão além da segurança alimentar, como sanidade e nutrição do rebanho, diz a médica veterinária especialista em qualidade do leite, Gilvania Carvalho.