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Ministério da Cidadania anuncia Sistematização dos Jogos Escolares Brasileiros
Na oportunidade, foram celebrados os 50 anos de história dos jogos escolares brasileiros.
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, e o secretário especial do Esporte, Décio Brasil, anunciaram, nesta quarta-feira (18.12), o aprimoramento do sistema de competições escolares a partir de 2020. A sistematização dos Jogos Escolares é fruto da parceria do governo federal com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), com a Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE), com a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e com os governos estaduais e municipais.
Segundo o ministro Osmar Terra, a ação tem um significado grande para o futuro do esporte brasileiro. “O trabalho de sistematização terá uma repercussão em diferentes áreas na sociedade, maior do que a gente imagina. Se a gente conseguir potencializar os Jogos Escolares ao máximo, teremos a oportunidade de desenvolver novos talentos que poderão até chegar ao alto rendimento”, disse.
O objetivo do governo federal é propor, desenvolver e implementar um sistema integrado de esporte escolar que seja inclusivo, educativo, colaborativo e sustentável para a organização das competições escolares de todo o Brasil. As mudanças visam nortear a participação e a atuação das entidades públicas e privadas envolvidas no sistema, buscando o aprimoramento das competições escolares nos âmbitos municipal, estadual e nacional.
“A nossa proposta é que os Jogos sejam totalmente inclusivo. Temos 50 anos de história de competições escolares e eu me lembro de ter participado duas vezes dos antigos JEBs. Estamos propondo com esse projeto de sistematização dos Jogos Escolares uma fórmula única que atenda os estudantes dos municípios, passando pelos Estados”, detalhou Décio Brasil.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e do Comitê Olímpico do Brasil (COB), de aproximadamente 20 milhões de alunos matriculados no ensino fundamental e ensino médio, cerca de 2 milhões participaram das seletivas municipais e estaduais dos Jogos Escolares da Juventude em 2018. Em 2019, as competições escolares em suas etapas nacionais abrangeram aproximadamente 10 mil atletas escolares, sendo que 1.100 atletas são beneficiários do Programa Bolsa Família.
O aprimoramento das competições escolares nos níveis municipal, estadual e nacional é uma das metas do Plano Nacional do Desporto, aprovado neste ano pelo Conselho Nacional do Esporte.
“Sabemos que o governo federal ficou um pouco afastado dos Jogos Escolares e deixou outros entes responsáveis, como o COB e a CBDE. Agora, o Ministério da Cidadania tomou para si a responsabilidade de sistematizar os Jogos Escolares Brasileiros, da base até o nível internacional. É uma iniciativa louvável do ministro Osmar Terra e do secretário Décio Brasil de dar o pontapé inicial de tomar à frente dos Jogos”, disse o vice-presidente da Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE), Robson Lopes Aguiar.
50 anos de história
Na oportunidade, foram celebrados os 50 anos de história dos jogos escolares brasileiros. Em 1969, foi realizada a primeira competição de porte nacional entre estudantes dos 1º e 2º graus, que assumiu a denominação de Jogos Estudantis Brasileiros (JEBs). Um marco para história do esporte no Brasil, pois os JEBs constituíram uma renovação do esporte brasileiro, tornando-se uma forma de intercâmbio e interiorização do esporte a partir dos municípios.
Para o presidente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), Luciano Cabral, o governo federal, por meio do Ministério da Cidadania, deu um salto histórico com a iniciativa. “Porque colocar luz sobre o esporte no ambiente educacional, sobretudo no esporte escolar, dando capilaridade para alcançar todos os municípios do nosso país e aumentar o número de crianças no ambiente escolar é a melhor ferramenta para formação da nossa sociedade. Para nós, do esporte universitário, também é um grande avanço, pois é necessário que o garoto passe pela escola até chegar na universidade, além de resolver problemas sociais do nosso país”, explicou.
Fonte: Ministério da Cidadania