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Rondônia investe em pesquisa para maior eficácia no tratamento de tuberculose

Publicado 16/12/2019
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Foto: Divulgação

Com financiamento do Governo do Estado, aprovado na chamada do Programa de Apoio à Pesquisa (PAP Universal) n° 004/2018 da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa de Rondônia (Fapero), o professor Elton de Lima tem trabalhado em uma pesquisa que pode mudar a realidade quanto ao tratamento de tuberculose no país.

Em maio deste ano, o projeto de pesquisa foi citado em matéria especial do Jornal Extra como um dos mais inovadores entre 12 projetos das universidades federais. Nesta primeira fase, o professor, que atua na Universidade Federal de Rondônia (Unir) no município de Presidente Médici, tem o incentivo de R$ 48 mil para desenvolver a pesquisa.

Considerando a resistência apresentada pela bactéria ao medicamento à base de isoniazida, utilizado para o tratamento da tuberculose, o professor tem buscado novas associações químicas com o selênio.

“Na realidade, o tratamento já tem sido associado a outros medicamentos, mas apesar de diminuir o problema da resistência, causa acúmulo de medicamentos no fígado, o que gera a hepatite medicamentosa”, explica.

O pesquisador compara que o mesmo aconteceu com a amoxicilina. “Lembra que quando a gente comprava era só amoxicilina? Hoje não tem mais só amoxicilina, sempre tem mais alguma coisa na composição. Então o que eu estou tentando fazer é potencializar o fármaco que já está no mercado com alguma molécula ou composto que tenha a mesma atividade potencializada e que essa bactéria, que antes tinha resistência, passe a não ter porque reage a um novo composto do mercado”.

Elton conta que, quando enviou a proposta do projeto, já começou a trabalhar na pesquisa. Há um ano contratado pela Unir, o professor sente-se envaidecido por ter conseguido, em quatro meses de trabalho na universidade, já emplacar o projeto no PAP Universal. A primeira fase, que está sendo desenvolvida, trata-se do design e produção das moléculas. A segunda etapa passará para os testes.

“Como eu já tenho parcerias com outras universidades, os testes em sangue humano já estão em andamento, para vermos se há toxicidade desses compostos no sangue. Passando isso, faremos os testes em peixes ornamentais, que são os zebras fishs – paulistinhas. Esse peixe já é o modelo mundial para isso e também desenvolvem um tipo de tuberculose que, se a bactéria for combatida nele, também fará efeito no trato com humanos. Espero que a Fapero lance novo edital para custeio dessa outra etapa, que é uma pesquisa tão importante tanto para a universidade, quanto para o estado”, completa.