AO VIVO
Vestígios arqueológicos encontrados no Hospital e Cemitério da Candelária em Porto Velho
A História recente também é observada pelos universitários, como um prato de cerâmica datado depois da desativação do complexo, mostrando as várias fases de reocupação do território.
"O grupo registra todas as possibilidades que vê no solo, as estruturas funerárias e as fundações do hospital. Osvaldo Cruz veio em 1910 para verificar esses espaços. Depois ele escreveu um relatório e disse que existem, por exemplo, estruturas para esgoto, que a água é encanada. A gente está encontrando os espaços que ele falou", comenta a professora de arqueologia Juliana Santi.
A História recente também é observada pelos universitários, como um prato de cerâmica datado depois da desativação do complexo, mostrando as várias fases de reocupação do território.
Segundo a professora Juliana, as aulas são ministradas com a técnica de prospecção, que consiste em caminhar por um espaço, olhar para o chão e verificar o que podem ser restos materiais do homem.
"A gente está absorvendo muitos conhecimentos dos professores para justamente ter essa noção e essa visão do que é o patrimônio cultural, do que é a História de Porto Velho e aprendendo a como contribuir com isso, para que não seja esquecido", comenta o aluno Alexsandro Sanches.
Alyne Maira, arqueóloga do Museu da Memória Rondoniense, é voluntária nas práticas de campo. Ela acredita que projetos como esse ajudam na preservação da História do estado.
"Dentro do museu tem o Centro de Documentação, antes de vir para campo é lá que se coletam os mapas, as plantas baixas, a localização desse hospital, todo o registro histórico. A arqueologia vem para contribuir ainda mais com o que se tem e talvez trazer respostas que a gente ainda não tenha", diz Alyne.
Durante as aulas os participantes veem trilhos, locomotivas, túmulos e sentem que a História, mesmo enferrujada, resiste.
Fonte: Rolim Notícias