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Governo e Associação de Moradores Beira Rio desenvolvem Projeto ambiental
A primeira fase do projeto dar-se-á pela recomposição de matas ciliares no entorno do Rio anta Atirada e posteriormente em todo o bairro Beira Rio

Publicado 14/11/2019
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Foi lançado na manhã desta quarta feira, 13, no escritório regional do governo do Estado de Rondônia, em Rolim de Moura, o Projeto PLANTE UMA ÁRVORE, o qual terá como finalidade inicial a reposição florestal do entorno do rio anta Atirada, rio esse que corta quatro  bairros na cidade.

Em parceria com a Associação de Moradores do bairro  Beira Rio, cujo presidente Agnaldo Pereira da Silva esteve presente à reunião juntamente com Fábio, Mariana Maira((Semmadu),  Cristina Vergara(Semmadu) leonardo Ribas(Ecoporé) Antônio Barbieri(AMBBR) membros da diretoria da mesma, a Sepog - Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, na pessoa do Diretor Adeilso da Silva e coordenador do Núcleo de Projetos da Sepog, setor recentemente implantado  em nível regional e que destina-se a incentivar a participação de entidades sociais na elaboração de projetos de impacto nas comunidades e que visam principalmente melhorias na economia e  qualidade de vida da população.

O projeto que visa a recuperação das margens com mata ciliar e plantio de espécies nativas e florais nas margens do rio e ruas do referido bairro, foi apresentado quando da formalização do Núcleo de Projetos, em solenidade acontecida dia 17 passado no auditório da Delegacia Regional de Educação, ocasião em que se fizeram presentes representantes dos 07 municípios que compõem o Núcleo regional.

Na ocasião do dia 17, a associação de Moradores do bairro Beira Rio apresentou o Projeto, enaltecendo sua importância para  revitalização do rio em trecho urbano como sendo necessidade premente para a cidade, vez que os níveis de degradação e poluição no rio alcançaram índices inaceitáveis, colocando em risco a saúde da população em seu entorno, além da perda de memória histórica e ambiental – Há, segundo o historiador e fotógrafo, Carlos Neves, registro pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,  de sítios arqueológicos da cultura indígena local, o que poderá propiciar novos investimentos na área sócio- antropológica, influindo inclusive no fator turístico, vindo a contribuir assim para o desenvolvimento econômico  à comunidade, seja em forma de parque, museu, áreas de lazer e convivência, etc.

A Chance de uma nova cidade, seguindo um planejamento percussor como o que foi planejado  na administração do governador Jorge Teixeira nos anos 70, dá a Rolim de Moura  a perspectiva não só  de devolver a vida ao Rio Anta Atirada, como também, embalado pelo sonho que um dia embalou o Comitê da Cidade, responsável pelo planejamento urbano de metrópoles referência em urbanização como Maringá e Londrina, no Paraná.

Assim: “Maringá nasceu na prancheta de desenhos do Arquiteto e Urbanista Jorge de Macedo Vieira, paulista, responsável por projetos como o Jardim América, de São Paulo e Águas de São Pedro, na região de Piracicaba. Contratado pela Cia. Melhoramentos Norte do Paraná, Jorge de Macedo Vieira jamais esteve aqui e, no entanto, criou um projeto considerando na época, 1945, como um dos mais arrojados e modernos, seguindo apenas a orientação da Cia que exigia largas avenidas, muitas praças e espaços para árvores.

 

A grande preocupação da Cia. Melhoramentos, ao encomendar a confecção do projeto urbanístico a um engenheiro tão ilustre, era a de conjugar o plano urbano à topografia da região. Essa preocupação fica latente quando caminhando por Maringá, podemos observar suas ruas retas e largas e amplas avenidas com ajardinamento central, onde a especulação imobiliária, de início, não teve vez.

Planejada para ser uma cidade de 200 mil habitantes (hoje já com  mais de 500 mil habitantes), numa atividade considerada na época como "Visionária", Maringá transformou-se num grande centro de convergência econômica e esse sucesso deve-se em grande parte ao traçado urbanístico original que previa zona industrial, zona comercial e zona residenciais.

“Temos aqui uma cidade também planejada: Rolim de Moura, a única no Estado com essas características e devemos ao rio sua recuperação no entono, tornando-o no futuro um manancial de águas que podem inclusive voltar a abastecer a cidade. Existem vários exemplos de ações como esta e vamos trabalhar incansavelmente para atingir as metas do projeto”, explicou Fabiano Gomes, representando a associação Beira rio.

Na reunião com técnicos e associados, o Coordenador Adeilso pontuou as fases do projeto, apresentou parceiros interessados em desenvolvê-lo tais como Sedam, Semmadu, Emater, Seduc e a própria Sepog como gestora do mesmo. Ficou designado dia 19 próximo, para a primeira visita do grupo à beira rio, onde terá início os trabalhos.

Redação Studiomax