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“Posso ser presidente sem partido”, afirma Bolsonaro durante visita à China
Presidente sinaliza, durante visita à China, que pode abandonar o PSL, com quem vive brigando desde o início de outubro

Publicado 26/10/2019
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Foto: GABRIELA VINHAL

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou neste sábado (26/10/2019), em Pequim, na China, que pode se tornar um presidente sem partido. Ele acredita que isso não afetaria as votações no Congresso Nacional, porque os parlamentares “têm votado por um ideal”. A declaração reaviva a possibilidade de saída do chefe do Executivo federal do PSL, com quem vive às turras desde o início de outubro – partido que acaba de definir o filho “03” de Bolsonaro, Eduardo, como líder da bancada na Câmara.

“Tudo pode acontecer. Nunca fui afeto à política, acredite se quiser. (…) Eu posso ser um presidente sem partido. As votações na Câmara e no Senado estão sendo feitas por ideal”, justificou.

Bolsonaro chegou a dizer que “senador, deputado, prefeito e governador podem ficar sem partido que não têm problema de perder mandato. Tanto faz eu estar sem partido ou com partido”.

“Dos 50 parlamentares do PSL, tem 30 fechados conosco. Eles sabem que quem vai disputar a prefeitura é melhor tirar uma foto comigo”, ressaltou.

De olho nas eleições de 2020, Bolsonaro afirmou ainda que pretende ter uns 30,40 candidatos pelo Brasil, ao menos nas capitais.

“Mas eu tenho que ter decisão sobre o partido, não posso entrar e chegar na convenção como eles têm a maioria, me deixam para trás. Tem que ter um partido que tem confiança”.

O racha no PSL

A crise na qual vive o PSL causou um racha interno. De um lado, há parlamentares que apoiam Bolsonaro; de outro, os que defendem o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE). O deputado federal tem sido alvo de investigação de candidaturas laranjas no partido na campanha eleitoral de 2018.

A divisão da legenda culminou em uma briga interna pela destituição do então líder do PSL na Câmara, delegado Waldir (GO), um bivarista. Ele foi substituído pelo filho do presidente Eduardo Bolsonaro (SP). O lado bolsonarista alega que quer mais “transparência” na prestação de gastos da legenda.

Fonte: Metrópoles