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Caso Lauanny Hester: madrasta de menina assassinada é levada para presídio em Porto Velho
Decisão de transferência partiu da juíza da Vara de Execuções Penais de Ariquemes. Ingrid Bernardino, de 23 anos, tinha uma condenação em aberto por participação em um roubo.
A madrasta da menina Lauanny Hester Rodrigues foi transferida do presídio feminino de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, à capital Porto Velho. A decisão partiu da juíza da Vara de Execuções Penais. Conforme a Justiça, Ingrid Bernardino Andrade, de 23 anos, tinha uma condenação em aberto por participação em um roubo. Não há informações de quando a transferência foi feita.
O advogado de Ingrid informou que tenta, no momento, encaminhar a mulher de volta para Ariquemes. Ingrid é suspeita de espancar até a morte a criança, então de 2 anos, sua enteada, na manhã de 21 de setembro.
O pai da vítima, William Monteiro da Silva, de 25 anos, está preso desde o dia do crime no Centro de Ressocialização de Ariquemes. Ele foi espancado dentro da unidade prisional e, por isso, a reconstituição do caso chegou a ser cancelada.
Na última semana, a avó paterna de Lauanny foi ouvida na delegacia. O delegado que conduz o caso, Rodrigo Camargo, disse que a mulher seguiu à polícia acompanhada de um advogado. Ela tinha a guarda oficial da criança desde maio deste ano, quando Lauanny foi agredida pelo pai a ponto de ter o braço quebrado. Ele informou que os laudos periciais do crime devem ficar prontos até o fim desta semana.
Como a Justiça e o Conselho Tutelar não sabiam que Lauanny estava morando novamente em Ariquemes, a mulher pode ser responsabilizada pelo crime e responder a um processo por abandono de incapaz.
Segundo o delegado, os laudos periciais do crime devem ficar prontos até o fim desta semana.
Morte de Lauanny Hester
Lauanny Hester Rodrigues, morreu depois de ser espancada pelo pai e a madrasta no fim da manhã do dia 21 de setembro, no bairro Marechal Rondon, em Ariquemes.
A Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados por vizinhos que ouviram a criança sendo agredida. Porém, quando a equipe médica e a guarnição chegaram a menina não apresentava mais sinais vitais.
O pai da criança, William, e a madrasta, Ingrid, foram localizados pela PM em uma prainha. Segundo a corporação, eles estavam deitados embaixo de uma árvore junto com um bebê de 5 meses, que é filha do casal.
Segundo Rodrigo Camargo, durante o interrogatório os suspeitos disseram que, de fato, tinham batido na menina por duas vezes.
"Às 2h40 da manhã eles acordaram, foram até a cozinha e viram que a criança tinha rasgado um saco de farinha de trigo. Diante disso, o pai acabou dizendo que para corrigir acabou agredindo a criança. Uma agressão absurda que, na minha visão e da polícia judiciária, configura tortura", disse o delegado.
Fonte: G1/RO