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Brasil recebe prêmio da ONU e Rondônia é o segundo estado em redução de mortes no trânsito
Com os trabalhos de prevenção, em Porto Velho o índice de mortes no trânsito reduziu em 52%

Publicado 26/09/2019
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O Brasil recebeu o Prêmio da Força-Tarefa Interagências da Organização das Nações Unidas (ONU) com o Programa Vida no Trânsito (PVT) por realizar ações efetivas no trânsito. O Estado de Rondônia teve posição de destaque por ter conseguido reduzir 52% dos acidentes em Porto Velho. O diretor geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Rondônia, coronel Neil Gonzaga, falou sobre a importância da premiação, pois mostra o trabalho sério e comprometido com a causa que vem sendo realizado pelo Detran e por outras instituições que estão trabalhando engajados com o mesmo objetivo. O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, recebeu o prêmio em Nova York na segunda-feira (23).

O diretor geral do Detran disse que o Programa Vida no Trânsito foi criado em 2010 e a meta é a redução de 50% no número de mortes causados por acidentes até 2020. O PVT foi implantado em 52 cidades brasileiras, sendo em 26 capitais e em 26 municípios, tendo um alcance de mais de 50 milhões de pessoas.

O coronel Gonzaga disse que o Estado de Rondônia conquistou um feito muito importante, pois em Porto Velho o índice de mortes no trânsito reduziu em 52%, maior que a meta estabelecida para o período, ficando atrás apenas da capital de Aracaju, capital do Sergipe, que reduziu 55,8%, seguido de São Paulo com 46,7%, Belo Horizonte com 44,7%, Salvador com 42,7% e Maceió com 41,9%.

Coronel Neil Gonzaga destaca a importância da participação da sociedade para um trânsito seguro e humanizado

“Quero agradecer a todas as pessoas que, de forma direta ou indireta, contribuíram para a redução dos índices de acidentes e mortes no trânsito, as instituições com a Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Semtran e um agradecimento especial aos servidores do Detran que estão comprometidos com a causa, o meu muito obrigado”, ressaltou o coronel Neil Gonzaga.

O Detran de Rondônia desenvolve vários projetos na área de educação de trânsito, muitos deles são reconhecidos nacionalmente, no IV Encontro de Educadores de Trânsito, que foi realizado no Ministério de Infraestrutura em Brasília (DF) no mês de agosto desse ano. Rondônia ficou entre os seis melhores estados brasileiros no concurso de “Boas Práticas” de educação de trânsito realizadas no Brasil. “Fomos destaques nacionalmente com os projetos Agente de Trânsito Mirim e projeto Embriagues no Volante” destacou o diretor.

A repressão como a Lei Seca, que foi implantada em 2012 em Rondônia, e a intensificação de outras ações também são ferramentas fundamentais para reduzir os índices de acidentes e mortes no trânsito. “Apesar de saber que é uma contravenção, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), muitas pessoas ingerem bebida alcoólica e insistem em dirigir, mesmo sabendo que está colocando em risco a sua vida e de terceiros. Quando o agente da lei tira de circulação uma pessoa dirigindo embriagada, ele está salvando vidas, pois a possibilidade de uma pessoa com alcoolemia se envolver em acidentes de trânsito é grande”, afirmou o coronel Neil Gonzaga.

O Brasil ocupa a quarta colocação no mundo em mortes provocadas por acidentes de trânsito. Em 2018, 1,35 milhões de pessoas morreram vítimas de acidentes. O país fica atrás apenas da China, Índia e Nigéria. Entre as causas mais comuns de acidentes de trânsito estão a desatenção do motorista, excesso de velocidade, embriagues ao volante, desobediência à legislação de trânsito (desobediência à sinalização e ultrapassagens indevidas). Dados comprovam que cerca de 90% das colisões fatais são provocados por erro humano.

Em Rondônia, em 2018, o número de mortes provocado por acidentes de trânsito teve uma redução de 20,9%, mesmo tendo ampliado a forma de coleta de dados, pois as mortes que eram comunicadas nas delegacias de polícia civil não eram computadas, de 2018 para cá passaram a ser. Os acidentes de trânsito no Brasil representam grandes custos sociais ao país.