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App para ajudar na coleta de dados sobre queimadas na Amazônia é desenvolvido em RO
"Olhos de Águia" foi criado por um analista de Porto Velho. Objetivo do aplicativo é ajudar nas missões de combate às queimadas.
Um aplicativo desenvolvido em Porto Velho ajuda na coleta de informações sobre queimadas na Amazônia. "Olhos de Águia" foi criado pelo analista do Centro Gestor e Operacional do Sistema da Amazônia (Censipam), Mario Fraga, para registrar, por meio de fotos e coordenadas geográficas, novos focos de calor na região.
Conforme o Ministério da Defesa, o aplicativo já começou a ser usado por agentes de órgãos parceiros do Censipam, como Exército, Força Aérea Brasileira e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), durante ações de combate às queimadas.
Ao G1 Mario Fraga disse que a ideia para criação do aplicativo surgiu uma semana depois da assinatura do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que tenta controlar queimadas na floresta amazônica.
O app foi desenvolvido para ser uma nova fonte de informações e melhorar o planejamento das missões de campo.
Como funciona o aplicativo?
"Olhos de Águia" foi criado para ser utilizado por órgãos ambientais, mas não há restrição para civis.
Qualquer pessoa pode baixar o app, que está disponível gratuitamente nos sistemas Android e IOS. Em caso de passar por uma região de queimada, o usuário preenche os campos com informações sobre intensidade do fogo, latitude e longitude. Também é possível enviar uma foto do local.
As referências serão adicionadas ao banco de dados do aplicativo assim que o celular se conectar a internet.
"Minha intenção é ajudar quem está em campo combatendo as queimadas. Se alguém passar por um foco de calor pode marcar aquele ponto no aplicativo e a central de comando vai receber a coordenada geográfica e a foto do local. Com isso, vamos conferir se a informação bate com nossos satélites e então partimos para missões de campo", explicou Mario.
O analista reitera que o aplicativo é uma ferramenta para ajudar na apuração de queimadas na Amazônia e não pode ser usado como fonte oficial sobre o número de focos existentes.
"Se uma pessoa mal intencionada preencher informações falsas no aplicativo é muito fácil de ser rastreada. Antes de sair para uma missão de campo aquele dado é confirmado via satélite", disse.
Ainda não há um levantamento da quantidade de missões feitas a partir do app.
Fonte: G1 RO