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MP-RO denuncia 12 suspeitos por fraude de R$ 10,5 milhões na compra de testes de Covid-19
Denúncia aponta superfaturamento, direcionamento de contratos e compra de 100 mil testes sem registro da Anvisa durante a pandemia.

Por Redação
Publicado Hoje, às 09h 14min
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Foto: Assessoria

O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) denunciou, nesta terça-feira (9), doze pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de fraude na compra de testes rápidos de Covid-19 durante o período crítico da pandemia. A investigação integra a Operação Polígrafo, deflagrada em julho de 2020.

Segundo o MP-RO, entre março de 2020 e janeiro de 2021 o grupo atuou para adquirir 100 mil testes rápidos sem registro da Anvisa, utilizando uma Dispensa de Licitação de R$ 10,5 milhões. A promotoria pede que os denunciados devolvam mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos, valor que teria sido perdido com superfaturamento e custos adicionais pagos pelo Estado.

Quem foi denunciado
Entre os suspeitos estão
:

  • O então secretário adjunto de Saúde,
  • O então gerente administrativo da Sesau,
  • Integrantes de duas empresas fornecedoras,
  • E o então cônsul honorário da Índia.

Os nomes não foram divulgados. O MP-RO também não informou se eles ainda ocupam funções públicas.

Como funcionava o esquema, segundo o MP
A investigação aponta que o grupo teria atuado para:

  • Manipular processos de compra;
  • Impedir a participação de empresas aptas;
  • Direcionar contratos a fornecedores específicos;
  • Importar e distribuir produtos sem registro;
  • Obter vantagens financeiras indevidas.

Crimes atribuídos aos suspeitos

  • O Ministério Público atribuiu à organização uma série de delitos:

Contra a administração pública

  • Fraude em licitação
  • Fraude em contrato
  • Tráfico de influência

Contra a saúde pública

Importação e distribuição de produtos sem registro sanitário

  • Contra a fé pública

Falsificação e uso de documentos falsos

  • Falsidade ideológica
  • Falso testemunho
  • Todos também foram denunciados por associação criminosa e fraude processual.

A promotoria pede ainda:

  • Perda dos cargos públicos, caso ocupem,
  • Indenização por danos morais coletivos,
  • E manutenção do bloqueio de bens para garantir o ressarcimento.

O que acontece agora
Com a denúncia protocolada, cabe ao Poder Judiciário decidir se aceita ou não a ação. Caso seja recebida, os denunciados serão citados para apresentar defesa e o processo avançará para a fase de depoimentos, análises e produção de provas até o julgamento.

O Governo de Rondônia foi procurado, mas ainda não se manifestou até a última atualização desta reportagem.

Fonte: MP/RO