Alto Alegre,

ESTAMOS AO VIVO

Festival de Capoeira em Ji-Paraná promove inclusão social e celebra a cultura Afro-Brasileira
Festival de Capoeira em Ji-Paraná reúne praticantes de todas as idades, promove inclusão social e valoriza a cultura afro-brasileira.

Por Redação
Publicado Ontem, às 11h
A A

O Festival Jiparanaense da Arte Capoeira 2025, realizado em Ji-Paraná (RO) e organizado pela Abadá Capoeira, destacou a força da cultura afro-brasileira e a importância da inclusão social através da capoeira. Com o tema “Nossa Identidade”, o evento reuniu participantes de várias idades e cidades para oficinas, rodas de capoeira, treinos e o tradicional batizado com troca de cordas.

O festival atraiu pessoas que viajaram longas distâncias para participar. É o caso de Tobias Soares, que saiu do Acre de moto para estar presente. “Eu vim duas horas de moto lá do Acre, vim participar aqui do festival, tudo isso por paixão pela capoeira. Mês que vem vou para os Jogos Mundiais no Rio de Janeiro e preciso estar treinando”, contou ao repórter Agnaldo Martioli.

Mais do que um evento esportivo, o festival é um espaço de superação, convivência e transformação social. Maria Marlene, aposentada, emocionou-se ao falar da nova rotina proporcionada pela capoeira: “A capoeira estimula o corpo, ensina a respeitar e a conviver com as pessoas, e eu amo isso.” Pedro Estevão, também aposentado, reforçou os benefícios para a saúde e a mente. “Melhorei muito o equilíbrio, a agilidade e até a memória.”

Um grupo de Porto Velho, parte de um projeto social inclusivo, marcou presença com idosos, crianças e adolescentes, inclusive com participantes autistas e com mobilidade reduzida. Segundo o instrutor Igor Albuquerque, “nosso projeto é inclusivo para todos, pois acreditamos que a capoeira pode ser praticada por qualquer pessoa.”

Entre as histórias de superação, destaca-se a pequena Íris, que tem deficiência física e viu sua saúde melhorar significativamente desde que começou a praticar capoeira. A mãe, Yana Carolina, explica: “A capoeira melhorou a função cognitiva e motora dela, proporcionando mais qualidade de vida.”

O festival ainda contou com a participação de convidados especiais do Rio de Janeiro, como o mestrando Adenilson Avelar, que destacou a importância da capoeira em sua trajetória de mais de 30 anos: “Estou aqui como coordenador da capoeira na região e afirmo que essa arte mudou a minha vida.”

Para o organizador local, instrutor Roni Farias, o festival é uma ferramenta essencial de inclusão social. “A capoeira transforma vidas, reintegra pessoas à sociedade e fortalece valores de respeito e educação,” afirmou. 

Além da movimentação no tatame, o Festival Jiparanaense da Arte Capoeira 2025 reforçou os laços comunitários, valorizou a cultura afro-brasileira e estimulou novas gerações a conhecerem e praticarem uma das mais significativas expressões culturais do Brasil.

Foto: Reprodução Rede Amazônica
Foto: Reprodução Rede Amazônica