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Projeto de manejo do Pirarucu fortalece a preservação ambiental e gera renda extra às comunidades tradicionais

Publicado 30/10/2024
Atualizado 30/10/2024
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Com o intuito de sanar um problema ambiental e gerar renda extra às comunidades tradicionais quilombolas e extrativistas, o governo de Rondônia desenvolve desde o 2022, o Projeto de manejo de controle do Pirarucu (Arapaima gigas) em Unidades de Conservação no estado. A iniciativa da Secretaria do Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), por meio da atuação de biólogos e especialistas,  têm atuado para mitigar os impactos da proliferação da espécie fora de sua área natural.  Embora seja uma espécie ameaçada de extinção em suas áreas de origem, a presença e proliferação da espécie fora da sua área natural tem gerado desequilíbrio ambiental.

Ao longo dos três anos de execução, o projeto já extraiu e comercializou 637 Pirarucus, totalizando 35.098 kg retirados do Rio Cautário, sendo 24.600 kg apenas em 2024. A pesca já  gerou mais de R$ 302.916,54 (trezentos e dois mil, novecentos e dezesseis reais e cinquenta e quatro centavos) ao longo de três anos, dos quais, R$ 220.243,50 (duzentos e vinte mil, duzentos e quarenta e três reais e cinquenta centavos) foram contabilizados somente em 2024, gerando renda aos comunitários.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o manejo sustentável do Pirarucu é uma iniciativa que vai além da preservação ambiental. “Este projeto simboliza nosso compromisso em proteger a biodiversidade e, ao mesmo tempo, gerar oportunidades econômicas às comunidades tradicionais. Assim, estamos transformando um problema ambiental em uma solução que promove renda e desenvolvimento sustentável, unindo conservação e cidadania”, ressaltou.

Segundo o  secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, o trabalho desenvolvido em Rondônia tem ganhado visibilidade em eventos nacionais e internacionais, sendo recentemente destacado em uma importante revista especializada em meio ambiente. “A experiência do estado em enfrentar essa questão ecológica se tornou um exemplo para outras regiões do Brasil e do mundo, que também lidam com problemas relacionados à introdução de espécies não nativas e seus impactos nos ecossistemas locais,” ressaltou.

O biólogo e pesquisador da Sedam, Leonardo Silva Pereira, , explica que, os efeitos da proliferação do Pirarucu são notáveis, principalmente entre os pescadores profissionais e extrativistas. “A presença do Pirarucu invasor tem causado uma drástica redução nas capturas de peixes nativos como Tambaqui e Tucunaré, fundamentais à subsistência das comunidades locais.” O desafio, segundo o biólogo, não é apenas ecológico, mas também econômico.

Foto: Arquivo Sedam