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Secretário de Saúde de Rondônia desmente privatização e apresenta novo modelo de gestão para Hospital João Paulo II
Jefferson Rocha explica como a unificação de contratos terceirizados pode modernizar o atendimento hospitalar sem demissões e sem aumentar os custos públicos

Por Redação
Publicado Hoje, às 08h 19min
Atualizado Hoje, às 08h 20min
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Nas últimas semanas, rumores sobre uma suposta “privatização da saúde” em Rondônia provocaram apreensão entre profissionais da área e a população. Em entrevista ao vivo à Band Cidade, o secretário de Saúde do Estado, Coronel Jefferson Rocha, esclareceu os pontos polêmicos e apresentou o novo modelo de gestão hospitalar que pretende aplicar, inicialmente, no Hospital João Paulo II, principal porta de entrada para emergências no estado.

O Que Está Sendo Implementado na Saúde de Rondônia?
Segundo Jefferson Rocha, não há privatização em curso, mas sim um redesenho da forma como os contratos de serviços hospitalares são geridos. O novo modelo consiste na unificação de mais de 100 contratos terceirizados em um único contrato macro, o que, segundo ele, aumenta a eficiência e facilita a fiscalização.

“A terceirização já existe. Temos mais de 100 contratos ativos. O que estamos fazendo é modernizar esse processo, cobrando metas qualitativas e quantitativas com mais eficiência”, afirmou o secretário.

Como Funciona o Novo Modelo de Contrato Único?
Jefferson Rocha detalhou que o contrato único não representa gasto adicional. O valor total, estimado em até R$ 500 milhões por ano, já é gasto atualmente, mas de forma fragmentada e, muitas vezes, ineficiente.

Ele explicou que:

O valor base cobre despesas fixas (energia, água, estrutura).

A remuneração variável será atrelada à produtividade.

Haverá metas mensuráveis, com pagamento proporcional à entrega de resultados.

 Privatização ou Terceirização?
O secretário foi categórico ao refutar as acusações de privatização:

“Não existe privatização. O serviço continua 100% público, feito pelo SUS. O que estamos propondo é uma nova forma de gerenciar o que já é terceirizado.”

Ele ressaltou que esse modelo já é adotado em diversos estados como São Paulo, Minas e Goiás, e Rondônia era um dos poucos que ainda operavam sob um formato altamente burocrático e centralizado.

 Boatos e Fake News: Não Haverá Demissões
Rocha também tranquilizou os servidores da saúde: não haverá demissões em massa.

“Os contratos em vigor serão mantidos. Fizemos um levantamento prévio com os profissionais para remanejamento, e qualquer mudança será planejada e transparente.”

 Casos de Sucesso e Próximos Passos
O Hospital Regional de Guajará-Mirim, recém-inaugurado, já opera nesse novo modelo e foi citado como exemplo de sucesso:

Mais de 400 profissionais atuando.

Atendimento humanizado e eficiente.

Custos dentro do orçamento previsto.

O próximo passo será implementar o modelo no Hospital João Paulo II. A expectativa é que em até um mês o novo formato esteja funcionando.

Além da logística contratual, o novo modelo visa mudar a dinâmica de atendimento, principalmente em casos de urgência e trauma:

O objetivo é que o paciente tenha seu problema resolvido dentro da unidade, sem precisar circular por vários hospitais.

O contrato prevê também a logística de insumos, evitando atrasos causados por processos licitatórios lentos.

“Se tudo ocorrer como planejado, podemos aumentar em até quatro vezes a produção hospitalar com o mesmo recurso já aplicado hoje”, destacou o secretário.

Com essa proposta de gestão hospitalar mais eficiente e transparente, o Governo de Rondônia busca modernizar o atendimento de saúde pública sem aumentar custos ou comprometer a qualidade do SUS. Agora, cabe à população e às instituições acompanhar e fiscalizar a implementação.

 E você, o que acha dessa nova estratégia na saúde pública de Rondônia? Acredita que ela pode funcionar? Deixe sua opinião nos comentários!