AltoAlegreNotícias

AltoAlegreNotícias

Operação contra ladrões de módulos de caminhões que prendeu empresário em Vilhena revela cifras milionárias ligadas ao crime
Investigação da Derf Cuiabá desmontou uma organização criminosa estruturada

Por Redação
Publicado 04/04/2025
Atualizado 04/04/2025

Foto: Assessoria

A Polícia Civil de Mato Grosso concluiu ontem (quarta-feira, 2), a contabilização e valores apreendidos durante a Operação Safe Truck, deflagrada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá, para desarticulação de uma organização criminosa envolvida em crimes de furto e receptação de módulos de caminhões e também lavagem de dinheiro.
 
Até o momento, a soma das apreensões chega a mais de R$ 8,7 milhões, entre módulos de caminhões, veículos e bloqueio de valores. A operação, deflagrada no dia 27 de março deu cumprimento a 120 ordens judiciais, entre mandados de prisão, busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, com foco na desarticulação de um grupo criminoso, envolvido em roubos, furtos, receptação de módulos e outras peças de carretas e caminhões.

As investigações da Derf Cuiabá identificaram mais de 30 integrantes da organização criminosa, responsáveis por movimentar mais de R$ 60 milhões com os crimes praticados. Quinze investigados já tiveram mandados de prisão cumpridos e outros cinco alvos são considerados foragidos. 
 
Durante o cumprimento das buscas, foram contabilizados 199 módulos de caminhões apreendidos, com valor aproximado de R$ 30 mil cada, totalizando mais de R$ 5,9 milhões, somente relacionados às peças. Em Vilhena, um empresário que foi preso, mas a PC de Mato Grosso não informou qual era a participação dele no esquema.
 
A operação também contabilizou oito veículos apreendidos, sendo um Jeep Compass, um Jeep Cherokee, dois Toyota Corolla, um VW T-Cross, e três caminhonetes, sendo uma Toyota Hilux, uma Ford Ranger e uma Dodge Ram. Juntos, os veículos estão avaliados em mais de R$ 1,3 milhão. Ainda na operação, foi realizado o bloqueio judicial de valores que ultrapassam R$ 1,4 milhão em contas relacionadas aos investigados.
 
ESTRUTURA ORGANIZADA
As investigações da Derf apontaram que o grupo criminoso possuía uma estrutura organizada. Cada integrante com uma função bem definida, havendo três núcleos distintos: o responsável pelos roubos e furtos das peças, outro responsável pela venda dos produtos para empresas e oficinas de Mato Grosso e de outros Estados do País, e os receptadores. 
 
As apurações apontam que se trata de uma atividade criminosa altamente rentável, conforme se depreende da vultosa movimentação dos membros do grupo. Por outro lado, as vítimas sofrem prejuízos e ficam impossibilitados de desenvolver a atividade profissional.
 
LAVAGEM DE DINHEIRO
A cooperação entre diferentes unidades da Polícia Civil e o compartilhamento de informações com outras forças policiais foram cruciais para o avanço das investigações. A análise cruzada de dados bancários, registros telefônicos e informações colhidas em campo permitiu a construção de um panorama detalhado da atuação da organização criminosa.
 
O delegado titular da Derf Cuiabá, Sylvio do Valle, destacou que a unidade tem intensificado as ações contra a lavagem de dinheiro, realizadas por organizações criminosas. As investigações detalhadas com tecnologia avançada buscam interromper o fluxo financeiro ilícito e garantir que os responsáveis sejam punidos, com os recursos ilícitos retornando aos cofres públicos. 
 
“As operações têm como objetivo identificar e prender os autores e também desarticular redes que utilizam métodos financeiros sofisticados para ocultar recursos provenientes de crimes. A lavagem de dinheiro não apenas compromete a economia, mas também financia e fortalece organizações criminosas. A intensificação do trabalho reflete o compromisso da Polícia Civil em enfrentar a criminalidade de forma cada vez mais eficiente e estratégica”, disse o delegado. 

Gostou do conteúdo que você acessou? Quer saber mais? Faça parte do nosso grupo de notícias!
Para fazer parte acesse o link para entrar no grupo do WhatsApp:

Foto: Assessoria

Fonte: PC/RO

Aviso Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos e/ou envolvidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens e emitir algum juízo de valor.