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Importações de soja da China caem em junho com peste suína africana e guerra comercial
Procura pelo grão cai à medida que rebanhos de porcos vão diminuindo no país, além de os compradores estarem com estoques maiores do que em relação ao ano passado.

Por G1 Agro
Publicado 12/07/2019

As importações chinesas de soja caíram 11,5% em junho ante maio, mostraram dados da alfândega nesta sexta-feira, à medida que a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a epidemia de peste suína africana enfraquecem a demanda.

A China importou 6,51 milhões de toneladas de soja em junho, ante 7,36 milhões de toneladas em maio, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas. O país asiático comprou 8,7 milhões de toneladas em junho do ano passado.

Enquanto os compradores chineses no ano passado importaram produtos brasileiros em antecipação a tarifas sobre as importações dos EUA, os importadores neste ano se prepararam melhor com estoques. Ao mesmo tempo, a peste suína africana reduziu o tamanho do rebanho de suínos e diminuiu a demanda de por ração.

"Os números de junho devem ser menores do que no ano passado devido à guerra comercial e à peste suína africana", disse Xiang Bo, analista da Zheshang Futures, antes de os dados serem divulgados.

Guerra comercial
A China impôs uma tarifa de 25% sobre as importações de soja dos Estados Unidos em julho, como parte de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, interrompendo as importações de grãos dos EUA até que os dois países concordaram com uma trégua em dezembro passado.

As empresas estatais chinesas retomaram algumas compras de soja dos EUA após a trégua, até que as relações comerciais se deterioraram novamente no início de maio.

Os importadores voltaram a suspender as compras de cargas norte-americanas antes que uma grande venda de soja à China fosse anunciada no final de junho, um dia antes de uma reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping.

Surtos de peste suína africana em toda a China também mataram mais de um milhão de porcos, reduzindo a demanda por farelo de soja no maior produtor mundial de suínos.

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Fonte: G1 Agro