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Polícia de MT investiga desaparecimento de avião que sumiu após decolar de RO
Família de um dos tripulantes pede agilidade nas investigações.

Por G1/RO
Publicado 12/06/2019
Atualizado 12/06/2019

Avião de pequeno porte sumiu no dia 28 de abril. — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

A Polícia Civil do Mato Grosso (MT) abriu inquérito para apurar o desaparecimento de duas pessoas após decolarem de Espigão D’Oeste (RO) em um avião de pequeno porte com destino a Fortaleza (CE). O piloto Haiub Cordeiro Júnior, de 38 anos, e o acompanhante, Joerli Silvares, de 34 anos, sumiram no dia 28 de abril e continuam desaparecidos.

A Força Aérea Brasileira (FAB) chegou a fazer buscas pelas vítimas na divisa entre o MT e o Pará, mas suspendeu os trabalhos sem encontrar qualquer vestígio do voo ou sinal dos tripulantes assim que o caso completou um mês.

Por telefone, o delegado à frente da apuração, Felipe Leoni, informou apenas que a polícia "segue fazendo diligências a fim de encontrar os ocupantes do avião" e não forneceu mais informações.

O que se sabe sobre o sumiço do avião:
A aeronave de pequeno porte decolou de Espigão D'Oeste em 28 de abril, às 8h, com destino a Fortaleza.
Haiub Cordeiro Junior era o piloto do avião; com ele também viajava Joerli Silvares, de 34 anos.
A família diz que o piloto pretendia abastecer o avião em Redenção, no Pará. O último contato com os parentes foi ao meio-dia do dia 28 de abril.
Ao notarem a falta de contato de Joerli, os parentes fizeram buscas por conta própria, quando alugaram um avião e sobrevoaram a região de Peixoto de Azevedo, no Mato Grosso (MT).
Sem sucesso nas buscas, a família acionou a Força Aérea Brasileira (FAB) sobre o sumiço do avião.
Há duas semanas as buscas foram suspensas temporariamente devido a um problema na aeronave da FAB.
Na última semana as buscas pelo avião retornaram e ficaram concentradas na divisa do Pará e Mato Grosso.
Sem encontrar pistas do avião, a FAB encerrou as buscas em 28 de maio.
Angústia familiar
Sem notícias desde então, familiares angustiados cobram da Justiça agilidade nas buscas. Esposa de Joerli, a acadêmica Keilla Casiano disse que a última mensagem que recebeu do delegado foi no dia 4 de junho.

Por meio de um aplicativo de mensagens no telefone, o delegado informou a ela apenas que a polícia estava trabalhando no sentido de solucionar o caso.

"Estamos tendo dificuldades de comunicação, pois muitas vezes quando mandamos mensagens o delegado não responde e quando responde são superficiais", reclamou Keilla.

Nesse momento, o que a família mais deseja é que a quebra de sigilo telefônico de Joerli seja feito, isso porque apontará o último local onde o aparelho celular apresentou sinal de internet e ajudará a fazer uma limitação melhor às buscas e até uma nova pista para a FAB retomar as buscas. O pedido chegou a ser negado pela Justiça.

"Já tem mais de 20 dias que pedimos essa quebra de sigilo telefônico e até agora nada. Eu não entendo o motivo de tanta demora, tendo em vista que há duas pessoas desaparecidas. São dois seres humanos, que tem filhos, família. Nós estamos angustiados e precisamos de uma resposta", clama a esposa.

Segundo Keilla, sem auxílio dos órgãos públicos e suporte financeiro para procurar, a falta de informação tem sido angustiante.

"Nós temos duas filhas pequenas, minha filha de 10 anos a gente vê que ela sente muito a menor de dois anos chama muito pelo pai. Estamos vivendo a espera de um milagre, eu quero meu marido vivo ou morto e isso é um direito da família", desabafou Keilla.

"Eu estou tocando minha vida, pois não tem outra opção, mas está insuportável"

Marli Silvaris é mãe de três filho, sendo que Joerli é o mais velho. Evangélica, ela conta que desde que tudo isso aconteceu, a única coisa que tem feito é orar, pois ainda tem esperança que o filho esteja vivo. Ela clamou por mais esforço da Justiça.

"É muito angustiante viver sem saber o que aconteceu com ele. Tudo que faço é pensando no meu filho, se está bem, se comeu, se está machucado. Joerli foi criado em sítio. Então tenho esperança que ele esteja vivo em alguma mata, esperando ser resgatado", acreditou.

 

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Joerli Silvares Teixeira— Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Keilla Casiano — Foto: Rede Amazônica/

Marli Silvaris — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Fonte: G1/RO