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PF tenta desarticular esquema que fraudou 3,5 mil documentos em compra e venda de madeira
Dois mandados de busca são cumpridos, diz PF.

Por G1/RO
Publicado 06/06/2019
Atualizado 06/06/2019

Foto: Rede Globo

A Polícia Federal (PF) está cumprindo dois mandados de busca e apreensão em Rondônia, nesta quinta-feira (6), para desarticular um esquema que fraudou 3,5 mil documentos através do Sistema de Emissão de Documento de Origem Florestal (SISDOF). Os mandados, expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Porto Velho, serão cumpridos na casa dos investigados, que não tiveram suas identidades reveladas para não atrapalhar o desenvolvimento das investigações.

Conforme aponta a investigação, os suspeitos conseguiam fraudar o sistema de controle de compra e venda de madeiras. Com isso, era permitido o aumento dos créditos registrados de forma artificial, "possibilitando que produtos criminosos de delitos ambientais tivessem ingresso regularizado indevidamente no mercado".

O esquema era utilizado para o controle de movimentação de madeira extraída em todo o Brasil. Apenas em Mato Grosso e Pará não foi possível fazer a emissão clandestina, pois os dois estados têm sistemas próprios.

Conforme a PF, o esquema criminoso emitiu pelo menos 3,5 mil documentos de origem florestal, com um movimento de 164.029,5054m³ de créditos florestais indevidos. Os investigadores acreditam que os créditos podem ser decorrentes de lavagem de produtos florestais obtidos em áreas não autorizadas

Durante a ação nesta quinta-feira em Rondônia, os agentes apreenderam documentos, telefones celulares e equipamentos eletrônicos, os quais serão analisados pela equipe de investigação.

Ainda conforme a PF, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (IBAMA) determinou, em setembro de 2018, a abertura dos dados do Sistema de Emissão de Documento de Origem Florestal (SISDOF), " deixando-os acessíveis para consulta pública, sendo este um importante passo para que os compradores de madeira possam ter maior controle da cadeia de produção e, assim, exigir dos produtores e extratores que não contribuam com a destruição da floresta e a violência contra seus povos".

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Fonte: G1/RO