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Indígenas de RO denunciam ataque de pistoleiros em aldeia: 'ameaçaram pessoas, incluindo crianças'
Residências e veículos foram incendiados por sete invasores encapuzados que exigiam a saída dos indígenas do local. Polícia Federal e Polícia Militar estiveram no local, mas ninguém foi preso.

Por Redação
Publicado 13/08/2024

Foto: Arquivo Pessoal

Indígenas da etnia Oro Nao denunciaram um ataque violento dentro da Terra Indígena (TI) Igarapé Lage praticado por pistoleiros na noite do domingo (11). Residências e veículos foram incendiados por sete invasores encapuzados que exigiam a saída dos indígenas do local. Ninguém ficou ferido.

Sete indivíduos encapuzados invadiram a aldeia, ameaçando as famílias, incluindo crianças. De acordo com os indígenas, os invasores exigiram que os moradores abandonassem a área demarcada, ameaçando-os de morte caso insistissem em permanecer no local.

Após as ameaças, os criminosos atearam fogo em uma casa e em uma motocicleta, destruindo todos os pertences que estavam dentro. Amedrontados, cerca de 15 indígenas que estavam na aldeia tiveram que fugir às pressas, caminhando por aproximadamente 4 km até uma aldeia vizinha para buscar refúgio e relatar o ocorrido.

Três dos sete agressores foram reconhecidos pelas vítimas que informaram à Polícia Federal sobre o ataque. A Polícia Federal (PF) e a Polícia Militar (PM) estiveram no local, mas ninguém foi preso.

Os moradores da aldeia denunciaram que casos como esse têm se tornado cada vez mais frequentes, dificultando a existência das comunidades indígenas que vivem na região.

"Não podemos mais pescar, caçar ou sequer andar livremente em nossa própria terra. As ameaças são constantes", relatou um dos indígenas.

A Terra Indígena Igarapé Lage é uma área demarcada e protegida por lei, mas os conflitos pela terra e recursos naturais têm se intensificado, levando a episódios de violência como o ocorrido neste domingo.

“Essa violência não é de hoje, a gente já vem oferecendo denúncias para a Polícia Federal, ao Ministério Público Federal, na própria Funai, mas não tem surtido efeito”, revela.

A Rede Amazônica procurou , PF e Funai, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. O MPF informou que não recebeu registro do ataque.

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Fonte: G1/RO