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CPI sobre as Pirâmides Financeiras faz nova tentativa de ouvir sócios da 123milhas
Presidente da CPI requereu, na semana passada, condução coercitiva de depoentes

Por Redação
Publicado 06/09/2023

Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

A CPI sobre as Pirâmides Financeiras faz nova tentativa, nesta quarta-feira (6), de ouvir os sócios da 123milhas e pessoas que ocupam ou ocuparam cargos na gestão da empresa. Na semana passada, o presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), anunciou que requereu à Justiça a condução coercitiva dos sócios Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, e de toda a diretoria da empresa, para prestarem esclarecimentos nesta semana.

A oitiva dos sócios estava prevista para 29 de agosto, mas eles não compareceram sob o argumento de que não foram formalmente intimados pela CPI e tiveram ciência da convocação apenas por notícias veiculadas na internet. Eles foram então reconvocados para o dia seguinte, mas também faltaram, alegando ter reunião agendada no mesmo horário no Ministério do Turismo.

Também foram convocados como testemunha sócios e administradores de outras empresas que trabalham com emissão e passagens e pacotes de viagens com milhas.

O colegiado pretende ouvir, além dos dois sócios, entre outros:
- a sócia da empresa HotMilhas (Art Viagens e Turismo Ltda), Tânia Silva Santos Madureira;
- a administradora da empresa Novum Investimentos e Participações S/A, sócia da 123milhas, Cristiane Soares Madureira do Nascimento; e
-  a diretora de Desenvolvimento Empresarial da 123milhas, Carolina Aquino.

Entenda
Em agosto passado a 123milhas anunciou a suspensão da emissão de passagens já compradas pelos consumidores, o que afeta viagens já contratadas com embarques previstos para o período de setembro a dezembro deste ano. A empresa anunciou que vai devolver integralmente os valores pagos pelos clientes com correção monetária, mas por meio de vouchers.

O deputado Aureo entende que a atuação da 123milhas em muito se assemelha aos casos de pirâmides financeiras, em que são necessários cada vez mais recursos para realizar a sua manutenção. "A tendência é o colapso do esquema e a ruína dos participantes, que, muitas vezes de boa-fé, realizaram as suas compras e jamais recuperarão os seus recursos", afirma.

O debate será realizado às 10 horas, no plenário 13.

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