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Confederações relatam dificuldades financeiras e expectativas para a Olimpíada de 2024
Tema foi discutido em audiência pública da Comissão do Esporte

Por Redação
Publicado 07/08/2023

Pixabay/ASSY

Representantes das confederações de canoagem, tênis de mesa e saltos ornamentais demonstraram confiança quanto à participação brasileira nos Jogos Olímpicos do ano que vem e relataram dificuldades financeiras enfrentadas pelas entidades. Os dirigentes participaram, no último dia 2, da quinta audiência pública promovida pela Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados sobre a preparação dos atletas nacionais para Paris 2024.

O presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), Alaor Gaspar, afirmou que o País pretende ter representantes em Paris nas cinco categorias em disputa: simples masculino e feminino; equipes masculinas e femininas; e duplas mistas.

Ele salientou as restrições financeiras que a modalidade enfrenta no Brasil. “O orçamento da federação chinesa de tênis de mesa é de 250 milhões de dólares, mais ou menos igual ao da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – uma realidade bem diferente da nossa”, comparou. Gaspar acrescentou que, ainda assim, os mesatenistas nacionais contam com verbas específicas para os Jogos e estarão bem preparados para a competição.

Loterias
Secretária-executiva da Confederação Brasileira de Saltos Ornamentais (Saltos Brasil), Paula Vaz informou que a entidade é a mais nova entre a dos esportes olímpicos no País.

Ela reclamou que, embora seja reconhecida pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), ainda não recebe recursos diretos pela Lei das Loterias. “Mas recebemos apoio do COB, principalmente em competições nacionais, entre outros apoios menores”, ponderou.

Paula Vaz acrescentou que a confederação buscar ampliar a visibilidade do esporte, “para que haja um interesse maior do público, e a gente consiga também captar empresas interessadas em nos ajudar com recursos”.

Pódio
Por sua vez, o diretor-geral da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), Rodrigo Miranda, disse que a modalidade estabeleceu uma ordem de competições para os atletas enfrentarem em 2023 e 2024, com foco na classificação para a Olimpíada. O objetivo, apontou Miranda, é chegar ao pódio em Paris. “É assim que o nosso treinador fala: ‘não diga números, mas diga que a gente vai ao pódio’”, comentou.

A projeção é classificar quatro atletas para a categoria de velocidade e seis na slalom, esta última busca sua primeira medalha em jogos olímpicos.

Na canoagem de velocidade, Isaquias Queiroz conquistou uma medalha de ouro em Tóquio 2020 e duas pratas – uma delas ao lado de Erlon de Sousa – e um bronze na Rio 2016.

Em Paris, Isaquias pode se tornar o maior medalhista brasileiro da história. Se conquistar mais duas, superará as cinco dos velejadores Robert Scheidt (duas de ouro, duas de prata e uma de bronze) e Torben Grael (duas de ouro, uma de prata e duas de bronze).

Excelência esportiva
Os deputados Luiz Lima (PL-RJ), Mauricio do Vôlei (PL-MG) e Delegado da Cunha (PP-SP), autores do requerimento para realização da audiência, acreditam que a participação na Olimpíada de 2024 será um novo teste para o Brasil confirmar sua condição de excelência esportiva no cenário mundial.

O deputado Dr. Luiz Ovando (PP-MS) parabenizou os representantes das confederações e expressou o seu entusiasmo pelas “possibilidades que a gente percebe que estão crescendo em várias modalidades esportivas”.

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