Moradores querem acionar o Ministério Público por causa de obra parada na Estrada da Penal
O asfaltamento da estrada era para ser concluído em 2021 e ainda não tem previsão
Os moradores da Estrada da Penal (RO-005) voltaram a reclamar da demora do Departamento Estadual de Estradas e Rodagens (DER) em concluir o asfaltamento do trecho crítico entre a curva do cotovelo até o ramal Pacú. O trecho de 1.500 metros torna atoleiro durante o inverno e com o alto fluxo de carretas que transitam para os portos a situação da via fica ainda pior.
A comunidade organizou uma manifestação, mas uma equipe do DER esteve no local e prometeu retomar a obra abandonada. Porém, os serviços são lentos e sem rendimento. “Estamos perto do inverno e se não concluírem logo tudo que foi feito vai se perder”, disse Eloilton Gomes, que utiliza a estrada quase que diariamente.
Foram várias reclamações feitas aos fiscais da obra e nenhum avanço acontece. Dessa vez, os moradores querem acionar o Ministério Público para investigar o projeto porque há informações de que o equipamento é terceirizado e possivelmente esteja havendo pagamento de hora máquina sem execução de serviços. Pelas informações, os trabalhadores passam a maior parte do tempo no chapéu de palha e o maquinário parado.
Os moradores também alegam que os trabalhadores e máquinas constantemente são retirados e deslocados para suposta obra em outro trecho da estrada, mas a única parte que está em serviços de asfaltamento é nesse local. Há suspeita de que estejam fazendo serviços particulares em propriedades rurais. No momento da reportagem, os equipamentos estavam parados no local conhecido como chapéu de palha.
“Se toda obra de asfalto no Brasil fosse como essa aqui, o custo seria altíssimo por causa da hora máquina desperdiçada”, disse o empresário Miguel do Livramento Machado que disse ainda que, “a cada semana o DER dá uma desculpa diferente e com isso o tempo vai passando.”
O trecho citado de 1.500 metros está sem asfalto desde o ano 2020, quando a construtora abandonou a obra alegando inviabilidade. Na época, os moradores fizeram diversos protestos por causa do abandono até que o governo estadual assumiu o compromisso de concluir a obra com execução direta, através do DER-RO, que ficou de concluir o asfaltamento desse trecho até outubro de 2021, o que não ocorreu. Após outra manifestação dos moradores o DER deu novo prazo de conclusão até fevereiro de 2022, no entanto, até o momento o trecho continua inacabado.
A assessoria do governo estadual não deu resposta para a reportagem sobre as ocorrências relatadas pelos moradores.
Fonte: diariodaamazonia